Complementando minha postagem anterior:
- o Linux é um sistema operacional, por acaso todo implementado com código aberto, mas isto não significa que os programas que rodem sobre o mesmo tenham que ser também opensource. Existem sofwtares caríssimos, proprietários, que são feitos em regime de código fechado, e possuem versão para o Linux (p.ex. Maya, JIRA etc.).
- empresas que vivem de vender seus produtos muitas vezes apoiam projetos opensource (às vezes até mesmo desenvolvem seus próprios). Até a Microsoft faz isso. O Google é outra empresa que possui grande envolvimento com a comunidade opensource.
- do jeito que expus, parece que o código do programa que controla as urnas é opensource, mas não dá pra afirmar isso categoricamente. Se o TSE implementou tudo "do zero" (como é o caso p.ex. do programa do IRPF), só precisa ser opensource se eles quiserem (o que, obviamente, não é o caso). Inclusive, o TSE pode até ter criado uma versão customizada do Linux para rodar especificamente no seu hardware (neste caso, obrigatoriamente também opensource), mas isto está de acordo com o que foi dito -- como só eles usam, não são obrigados a repassar nada pra ninguém.
- existem várias outras licenças opensource além da GPL e LGPL, cada uma com suas características.
O conceito de código aberto cria situações que às vezes parecem paradoxais. P.ex. a RedHat, líder no mercado de Enterprise Linux, vive de vender suporte para as diferentes versões do RedHat Linux;
mas, como seu código é aberto (GPL), quem não quiser o nível de suporte
por ela oferecido, pode obter exatamente o mesmo produto (gerado a
partir do mesmo código-fonte, mas sem nenhuma referência -- nome ou logo
-- ao RedHat Linux) do projeto CentOS. Neste caso, o suporte vem da comunidade de usuários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário