Nos Estados Unidos e em outros países, é cada vez maior a quantidade de cientistas e organizações que se mobilizam pelos direitos dos cetáceos -- o grupo de mamíferos marinhos que inclui os golfinhos e as baleias. Ao fazer suas reivindicações, eles se apoiam em pesquisas que comprovam que esses animais são, de fato, muito especiais.
Assim como os humanos, os golfinhos fazem parte do seleto grupo de espécies que conseguem reconhecer o próprio reflexo no espelho. Eles também têm um cérebro grande e complexo, com capacidade de raciocínio comparável à dos chimpanzés, considerados os nossos parentes mais próximos. Além disso, golfinhos costumam se esforçar para ajudar os indivíduos feridos do grupo. E até ferramentas eles conseguem manejar.
Individualidade
"A ciência já mostrou que individualidade e autopercepção não são propriedades apenas humanas. E isso traz todo tipo de desafios", diz Thomas White, especialista em ética da Universidade Loyola Marymount, nos EUA. O cientista é um dos principais articuladores para a edição de uma espécie de tratado de direitos "humanos" para os cetáceos. Segundo os especialistas, os golfinhos são tão avançados que devem ser considerados "pessoas não humanas" e ter seu direito à vida e à liberdade garantidos em documento internacional.
[Esses movimentos ostensivos, exacerbados, em favor de animais sempre me incomodam e, geralmente, me irritam bastante, principalmente quando surgidos e/ou ampliados nos EUA. Vêm-me logo à mente, p'ra fazer uma análise de valores, uma série de "probleminhas", percalços e bizarrices que a sociedade americana vive ou enfrenta diuturnamente (ou praticamente assim):
- Nova Orleans foi devastada pelo furacão Katrina em 29 de agosto de 2005 -- hoje, 7 anos depois do desastre, a cidade não foi ainda inteiramente recuperada e a seção mais atingida, parte do Lower Ninth Ward, ainda não está reaberta para ocupação.
- Virou quase uma rotina a ocorrência de assassinatos coletivos a mão armada nos EUA -- em escolas, universidades, igrejas, ou qualquer outro lugar público, e o problema permanece inatacado e inatacável por causa do chamado "direito sagrado (ou constitucional)" do cidadão americano ter sua arma, seja ele são ou psicopata.
- A avassaladora crise econômica que os EUA vem enfrentando há praticamente 5 anos fez o número de sequestros de cachorros quase quadruplicar desde 2007!...
- Apesar dessa mesmíssima crise, os gastos dos americanos com animais domésticos em 2011 superaram os R$ 86 bilhões (US$ 49 bi, com o dólar a R$ 1,75)!...
- Para entender melhor a seriedade da crise americana e os dois assuntos imediatamente acima, é interessante ler o artigo "How to Deal with the Debt Limit" (James A. Baker III, Wall Street Journal, 17 de junho de 2011 -- Baker foi Secretário do Tesouro de Ronal Reagan, de 1985 a 1988), ou então o interessantíssimo livro "O Século XXI pertence à China?" - Henry Kissinger, Niall Ferguson, Fareed Zakaria, David Li - Ed. Elsevier, 2012 - pág. 76). Ali, o autor afirma que dentro de apenas 9 anos os EUA estarão gastando 8% a mais com juros do que com sua defesa.
Uma sociedade criada e acostumada com a abundância, pra não dizer com a "gastânça", que a única guerra que tiveram em seu país foi entre eles mesmos (sesseção), que dominam o mundo há mais de 70 anos, que criaram e exportaram o AMWAY como cultura ao consumismo, que valorizam e cultuam o nacionalismo americano com bandeiras em cada esquina se permite a estas excrecências, pois não sabem mais em que pensar.
ResponderExcluirCupolillo