A internet se mostra definitiva e inequivocamente um dos fenômenos mais espetaculares da história da humanidade -- acredito que ainda estamos longe de uma avaliação completa de seus múltiplos efeitos sobre a sociedade, em todos os aspectos desta. O texto abaixo, do blogue Link do jornal O Estado de S. Paulo, mostra apenas mais uma faceta disso.
A atividade econômica da internet dos países que fazem parte do G20,
grupo das 20 maiores economias do mundo, crescerá mais de 10% ao ano
pelos próximos quatro anos, ultrapassando o tamanho do PIB alemão, para US$ 4,2 trilhões em 2016, disse a consultoria Boston Consulting Group
(BCG). [Isto significa que, se a internet fosse um país, já estaria hoje entre as cinco maiores economias do mundo, acima do Brasil (cujo PIB em 2011 foi de R$ 4,143 trilhões, ou US$ 2,44 tri a R4 1,70/dólar) -- aliás, já em 2010 a "economia" da internet valia 4,1% do PIB do G20 ou US$ 2,3 trilhões, mais que a economia do Brasil ou da Itália de então. O relatório do BCG vale a pena ser lido -- ali se fala da mudança do "centro de gravidade" do mundo digital, da "internet de tudo" ou internet "total" (com a previsão da IBM de que um trilhão de dispositivos estarão ligados à internet em 2015), da absorção ou integração do conceito de ecosistemas na internet (sob o comando de empresas como Amazon, Facebook, Apple e Google), do seu tremendo valor econômico (já esboçado pelos fantásticos números dados acima), do seu caráter local ou "nacionalista" (no sentido de que a internet está cada vez mais se tornando enraizada na vida diuturna (refletindo características nacionais, assim como influências econômicas, políticas e sociais específicas individualmente analisados), e da formação de toda uma geração fortemente influenciada por ela.]
Com a proliferação dos smartphones com Internet, a expectativa é de que
devem adicionar um total de 3 bilhões de pessoas à rede mundial de
computadores até 2016. Serviços online de varejo, bancos, publicidade,
serviços de TI e demanda por bens relacionados com a internet irão
prosperar, disse o BCG nesta segunda-feira, 19.
A economia da internet dos países do G20 vai praticamente dobrar entre
2010 e 2016, criando 32 milhões de postos de trabalho, de acordo com o
relatório do BCG. “Caso fosse uma economia nacional, iria estar entre as cinco maiores do
mundo, atrás somente dos Estados Unidos, China, Índia e Japão e à frente
da Alemanha”, disse David Dean, sócio sênior do BCG e coautor do
relatório.
Em mercados desenvolvidos, a economia da Internet crescerá cerca de 8%
ao ano, enquanto em mercados em desenvolvimento vai crescer duas vezes
mais rápido, de acordo com o BCG. Ao todo, o Produto Interno Bruto (PIB) dos países que fazem parte do G20
cresceu 2,8% no ano passado, de acordo com a Organização para o
Desenvolvimento e Cooperação Econômica, e é esperada uma desaceleração
este ano.
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