A USP (Universidade de São Paulo) adquiriu e começa a colocar em
funcionamento neste mês um supercomputador considerado um dos cinco mais rápidos do país.
O equipamento foi comprado com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e tem 2.304 processadores.
A máquina, cerca de cem vezes mais rápida que o computador mais potente
da universidade, consegue fazer 20 trilhões de cálculos por segundo e
será usada pelos pesquisadores do IAG (Instituto de Astronomia,
Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP e do Núcleo de Astrofísica
Teórica da Universidade Cruzeiro do Sul, entidade parceira do projeto.
"Esse computador nos coloca entre os institutos líderes do mundo para
fazer computação de alta performance", destaca a professora de
Astronomia da USP Elisabete dal Pino.
O primeiro teste de cálculo feito com o equipamento já demonstrou o potencial da nova máquina.
Com o computador antigo, o procedimento levava uma hora e meia. Usando
apenas metade da capacidade do novo superprocessador, o teste levou um
minuto e 57 segundos.
"[Com o computador] Você pode modelar [criar virtualmente um modelo
baseado em teoria] uma galáxia, colisões entre galáxias, colisões entre
estrelas. Pode modelar a morte ou nascimento de uma estrela. E pode
comparar esses modelos com o que você consegue obter a partir de
observações a partir de telescópios", ressalta Elisabete.
O supercomputador, que custou mais de R$ 1 milhão, terá 10% do tempo de
seu funcionamento destinado à comunidade astrofísica do país.
Amigo VASCO:
ResponderExcluirEsse é um feito realmente impressionante.
Mas a capacidade de processamento, pelo menos assim penso, não é tudo.
Todods os computadores sofrem hoje (ou seria melhor dizer, ATÉ AGORA) de um problema pouco divulgado ou conhecido: chama-se GARGALO DE VON NEUMMANN.
Em que consiste isso? É simples de explicar, mas de difícil solução. Consiste em que as tarefas programadas em um computador seguem SEMPRE uma sequencia. A sequencia seguinte depende dos dados da sequencia anterior (A segue B,que segue C, que segue D, etc.).
Essa computação é dita SERIAL. O cérebro humano parece executar algo como OPERAÇÕES PARALELAS, ao invés de SERIAIS. Daí se chegar a esses feitos com mais de dois processadores, em uma busca por algo que se acredita que o CÉREBRO HUMANO faça: om processamento, EM PARALELO, das informações.
Mas, comparado ao cérebro humano, estamos muito longe atingir essa capacidade, independente da velocidade de processamento.
Um dos maiores desafios é se ter PROGRAMAS que executem essas funções de cálculo de forma PARALELA e não SEQUENCIAL.
Aí reside uma das dificuldades.
A solução talvez seja criar um novo modo de computação, mais próximo do que realiza o cérebro humano, mas estamos muito longe disso.
Abraços - LEVY