sexta-feira, 2 de março de 2012

Interpol se infiltrou no grupo, diz Anonymous

A infiltração da polícia – e não a destreza técnica – foi o que levou à prisão 25 hackers em operações na Europa e na América do Sul, disseram ativistas que se identificaram como participantes do Anonymous. O grupo afirmou que quase todos os presos participavam de um mesmo site da rede utilizado pelo coletivo. -- [Ver postagem anterior sobre o assunto.]

A Interpol, que anunciou as prisões na terça-feira, 28, não informou como identificou e encontrou as 25 pessoas acusadas de participar de ataques online a partir da Argentina, Chile, Colômbia e Espanha contra diversas páginas da internet, entre elas a da companhia elétrica chilena Endesa e da Biblioteca Nacional do Chile.

O Anonymous diz que alguns dos presos pertenciam a um grupo de hackers chamado Sector 404, enquanto outros eram ativistas nada sofisticados, que participaram de ataques de bloqueios de acesso. “Esta onda de detenções não foi feita por esforços de inteligência ou estratégia computacional como quiseram que vocês acreditassem. Foram feitas por uma técnica muito mais baixa e miserável: o uso de espiões e de delatores infiltrados dentro do grupo”, disse o grupo Anonymous Iberoamérica em um comunicado publicado em seu blog. Os ativistas afirmam que a maioria dos presos foi descuidada e deixou pistas digitais.

Marlis Pfeiffer, porta-voz da promotoria do Chile, disse à Associated Press que as autoridades libertaram cinco pessoas detidas na operação – dentre eles, dois jovens de 17 anos. O Anonymous Iberoamérica informou que três dos libertos eram estudantes de informática e outro era um programador.  Um oficial da polícia argentina afirmou que 10 adultos seguem detidos. Já o Anonymous Iberoamérica diz que a maioria dos presos no país são menores de idade.

As prisões dos 25 hackers são decorrência de uma investigação que começou em meados de fevereiro e culminou na apreensão de 250 dispositivos de informática e telefones celulares em 15 cidades, conforme disse a Interpol, agência de polícia internacional responsável pela operação.  Até o fechamento deste texto, nenhum dos detidos havia sido acusado formalmente de crime algum.

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