sábado, 9 de fevereiro de 2013

Ação entre amigos: quadrilha dá golpe de R$ 20 mil em parlamentares

[A notícia é preocupante: nem mesmo os marginais se respeitam mais! Uma quadrilha rompeu o código de ética que manda respeitar os coleguinhas de profissão e pungou parlamentares em R$ 20mil -- tá feia a coisa!]

As polícias do Senado e da Câmara identificaram quatro golpistas que, nos últimos dois meses, aplicaram golpes por telefone em pelo menos dez parlamentares. Os criminosos identificados já admitiram a prática em depoimentos prestados às polícias legislativas e civis de Alagoas e Sergipe, de onde partiam as ligações telefônicas para parlamentares de diversas regiões. Entre os lesados, estão os deputados Givaldo Carimbão (PSB-SE) e a senadora Ana Amélia (PP-RS) – no caso da parlamentar gaúcha, uma ligação foi feita em nome do colega Benedito de Lira (PP-AL) pedindo ajuda. A senadora acreditou na história e depositou R$ 1,2 mil em uma conta bancária de terceiros.

Os golpes, segundos investigações preliminares, totalizaram R$ 20 mil. Nesta quarta-feira (6), a Polícia do Senado anunciou que vai indiciar o grupo por formação de quadrilha e estelionato – penas de um a três anos e de um a cinco anos de prisão, respectivamente [ué, ladrão que rouba ladrão não tem 100 anos de perdão?!]. Mas, uma vez condenados, eles podem ser obrigados a prestar serviços comunitários, uma vez que os crimes são considerados de baixo potencial ofensivo. Os integrantes da quadrilha não foram presos, segundo a polícia, porque não foram pegos em flagrante.

O modus operandi do grupo já é velho conhecido de investigadores e agentes de segurança. Dizendo estar a serviço de um colega do senador ou deputado em questão, eles relatavam situações de emergência em busca de ajuda financeira, como carros com problemas mecânicos no interior do Brasil. Sensibilizado, o gabinete ou o parlamentar acionado fazia a transferência de dinheiro na conta fornecida pelos golpistas. Depois de detectado o golpe, agentes das polícias legislativas passaram a alertar, por e-mail e telefone, todo os parlamentares.

As investigações estão quase concluídas. O inquérito tramita sigilosamente. As polícias querem descobrir agora como os fraudadores conseguiram os números dos telefones dos parlamentares, entre outros detalhes da prática criminosa. O caso deverá ser remetido à Justiça de Sergipe ou Alagoas. Lá, o Ministério Público estadual poderá oferecer denúncia contra os suspeitos. Se a denúncia for aceita pela Justiça, eles se tornarão réus em processo criminal.  “Eles serão indiciados por formação de quadrilha e estelionato”, disse o diretor da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Carvalho, ao Congresso em Foco. O golpe não é novo. Na Câmara, ao menos um deputado de oposição pagou R$ 1 mil, há alguns meses, a uma pessoa que se apresentava como prestador de serviços de um aliado político.

Leia também: o golpe da creche


Um comentário:

  1. Puxa! Que ótima notícia! Eis um país onde há livre concorrência. Além disso,... "ladrão que rouba ladrão...". Acho que a operação, no geral, aumenta o PIB da Dilma.

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