terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Juiz americano quer vasculhar movimentação bancária da família Kirchner no exterior

[Foi, é e sempre será para mim um mistério insondável a obsessão dos argentinos em eleger péssimos dirigentes -- "estafadores" (vigaristas), como dizem eles, -- em completo desacordo com o nível cultural do povo. O ditado "cada povo tem o governo que merece", sou obrigado a reconhecer, tem sido extremamente cruel para com os hermanitos. E a sequência dessas excrescências de dirigentes tem sido praticamente ininterrupta há décadas. A presidente atual, Cristina Kirchner, e seu antecessor e marido, Nestor Kirchner, são exemplos rebuscados dessa safra péssima de políticos. A madame Kirchner, agora, está às voltas com uma investigação da justiça americana sobre suas contas (e as de sua família) no exterior, como nos conta a reportagem abaixo, do Globo.]

O juiz federal de Nova York, Thomas Griesa, em causa promovida pelo fundo-abutre NML-Elliot, pediu ao Banco Nación, da Argentina, que informe o suposto movimento de recursos ao exterior da presidente Cristina Kirchner e de seu falecido marido, Néstor Kirchner. Segundo o documento obtido pelo jornal argentino “La Nación”, em que o juiz fez o pedido, a justificativa é conhecer os bens do Estado argentino no exterior, para pedir, eventualmente, seu embargo a fim de que o governo pague os credores privados que fizeram acordo com a Casa Rosada, entre 2001 e 2002, quando foi decretada a moratória da dívida externa argentina.

O documento explica que a Corte garantiu ao NML o acesso às informações, mas limitou-o aos bens que podem ser embargados, destacando que “o NML aceitou modificar o tamanho de seu pedido para não requerer informações sobre todos os depósitos na Argentina”. O pedido foi limitado, então, às movimentações do casal Kirchner.

Espera-se, para os próximos dias, uma audiência que pode definir multa de US$ 25 mil diários ao Banco Nación se a instituição se recusar a liberar a informação. O escritório de advocacia Dorsey & Whitney, que defende o banco nos Estados Unidos, argumenta que o Banco Nación não poderia fornecer os dados, amparado no direito ao segredo bancário que existe nos diferentes países onde opera. O banco não respondeu às consultas do jornal argentino sobre o tema. Até agora, a entidade tem conseguido postergar os pedidos da justiça americana, lembra a publicação.

[Diz o La Nación  que o juiz Griesa acusou o Banco Nación de má-fé, por postergar por ano e meio a entrega das informações solicitadas. Diz ainda o jornal argentino que essa é uma causa diferente de uma outra que o NML e Aurelius, juntamente com 13 investidores minoritários portadores de bônus argentinos já ganharam em duas instâncias, pela qual cobram do governo argentino US$ 1,45 bilhão.]

O juiz americano Thomas Griesa pediu ao Banco Nación informações sobre os movimentos financeiros dos Kirchner. - (Foto: Pablo Corradi).

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