Quadro comparativo das notas das três principais agências de qualificação de risco ( Inversión = Investimento; bono basura = junk bond = bônus "lixo") - (Fonte: El País).
A agência justificou sua decisão através de um comunicado, no qual assinala "a contínua debilidade da perspectiva de crescimento a médio prazo do Reino Unido, com um período de crescimento lento que Moody's espera que vai se prolongar até a segunda metade da década". Aponta ainda a alta e crescente carga da dívida e a reduzida capacidade do governo para absorvê-la, que limitam a capacidade de investimento do país -- a Moody's considera improvável que esse quadro se reverta antes de 2016. Em fevereiro de 2012, a agência havia mudado para "negativa" a perspectiva para o RU, com um aviso de possibilidade de rebaixamento que agora se concretizou.
A Moody's alerta que a recuperação econômica do RU será "significativamente mais lenta que a de recessões anteriores", o que afetou igualmente a nota do Banco da Inglaterra, que também baixou de Aaa para Aa1. Ao mesmo tempo, a Moody's destaca que a solvência da dívida do RU continua sendo "extremamente alta", razão pela qual deu-lhe um sobressalente "Aa1" graças aos pontos fortes de sua economia, entre os quais destaca sua diversificação, sua competitividade, seu "sólido histórico de consolidação fiscal" e sua sólida estrutura institucional.
Além disso, a agência lembra também que aplicou ao país a perpectiva de estável, porque considera que uma "combinação de vontade política" e de estímulo aos pontos fortes de sua economia "permitirão ao governo implementar seu plano de consolidação fiscal e reverter a trajetória da dívida do Reino Unido". A agência afasta o risco de que a economia britânica padeça dos níveis de tensão alcançados na zona do euro, e assinala que isso se dá graças ao fato do RU contar com um marco próprio em termos de política monetária.
Em novembro de 2012, a mesma Moody's retirou o "Aaa" da França "devido aos persistentes desafios estruturais que o país enfrenta". A Espanha, por sua vez, está à beira do bônus lixo, segundo a classificação da agência ou seja, cinco escalões abaixo do que o ocupado agora pelo Reino Unido.
[O jornal inglês The Independent disse que o ministro da Fazenda britânico George Osborne sofreu um "severo golpe político" com a perda da nota máxima de solvência do país. O também inglês The Guardian diz que Osborne está "sob pressão" depois do ocorrido. Outro importante jornal inglês, o The Telegraph, também traz manchete mencionando a situação crítica de Osborne após o rebaixamento feito pela Moody's. Resta saber se David Cameron terá ainda espaço para continuar botando banca sobre a União Europeia, como se esse mercado não fosse vital para o RU. Talvez Shakespeare esteja martelando na sua cabeça: "To be, or not to be: that is the question"...]
[O jornal inglês The Independent disse que o ministro da Fazenda britânico George Osborne sofreu um "severo golpe político" com a perda da nota máxima de solvência do país. O também inglês The Guardian diz que Osborne está "sob pressão" depois do ocorrido. Outro importante jornal inglês, o The Telegraph, também traz manchete mencionando a situação crítica de Osborne após o rebaixamento feito pela Moody's. Resta saber se David Cameron terá ainda espaço para continuar botando banca sobre a União Europeia, como se esse mercado não fosse vital para o RU. Talvez Shakespeare esteja martelando na sua cabeça: "To be, or not to be: that is the question"...]
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