Especialistas dizem que será difícil encontrar fragmentos sólidos do meteorito que atingiu ontem a região dos Montes Urais, na Rússia. A onda de choque, que causou pequenos danos na cidade de Chelyabinsk, foi a única e significativa consequência negativa do fenômeno, disse ao Pravda Maxim Shingarkin, vice-presidente do Comitê de Recursos Naturais, Meio Ambiente e Ecologia da Duma [um dos dois órgãos que formam o Legislativo da Federação Russa, o outro é o Soviete da Federação]. "O corpo celestial que explodiu no céu de Chelyabinsk ontem era um satélite do asteróide que se desloca agora na vizinhança da órbita do nosso planeta", disse ele, um especialista em radiação e segurança nucleares.
Shingarkin comparou o fenômeno na região de Chelyabinski com a queda do meteorito de Tunguska [região da Sibéria que foi palco da queda de um meteorito em 30 de junho de 1908, que provocou uma grande explosão e devastou uma área de milhares de quilômetros quadrados]: "A manifestação mais importante desse tipo de objeto celestial já observada pelo homem foi a queda do chamado meteorito de Tunguska. Entretanto, mesmo depois da queda de um objeto tão grande [diâmetro estimado de 80 m], não foram encontrados fragmentos dele no solo porque ele na realidade não era sólido -- era uma concentação de gás e de substâncias parecidas com gelo que explodiu na atmosfera terrestre [esse especialista parece admitir a hipótese da origem cometária do meteorito, uma das várias levantadas para explicar o fenômeno]. Entretanto, a destruição desse meteorito provocou uma forte onda de choque. Embora em escala muito menor, o fenômeno observado em Chelyabinski foi semelhante a esse".
O especialista observou que, se algo provocou medo e apreensão nesse caso, isso foi a imprevisibilidade do fenômeno natural: "Do ponto de vista científico é impossível prever e evitar a ocorrência de um fenômeno como esse. Podemos detetar um objeto grande no espaço movendo-se próximo à Terra, mas não podemos prever onde e quando um objeto celestial pequeno pode cair no planeta". [Seria interessante conhecer qual é a fronteira entre o "pequeno" e o "grande" para um objeto espacial.]
O especialista não acredita que haja problema em relação à explosão de um meteorito no céu, sobre a Terra: "Em termos de consequência para a população, a explosão química de hidrogênio que ocorreu foi completamente segura. Não se deve temer nada a partir disso -- a onda de choque foi a única consequência. Sobre a superfície do solo, provavelmente serão encontrados resíduos pequenos do corpo sólido do meteorito [aqui o especialista russo se contradiz, já que antes afirmara que o objeto não era sólido] -- partículas minúsculas de silício e ferro, em quantidades extremamente pequenas. Se alguém encontrar algum desses resíduos não deve, obviamente, tocá-los, porque ele podem produzir queimaduras tóxicas quando em contato com pele sem proteção. Mas, tenho que afirmar uma vez mais que é extremamente raro encontrar-se fragmentos sólidos de um meteorito". [O meteorito de Bendegó, encontrado no sertão baiano em 1784, mede 2,20m x 1,45m x 58 cm e tem um peso de 5.360 quilos -- quando de sua descoberta era o segundo maior meteorito do mundo, hoje é o 16°.]
"Um corpo dessa natureza é formado em sua maior parte de gás congelado [sobre gás congelado, ver por ex. o site da NASA] -- hidrogênio, pequenas partículas de água e outras impurezas. Não apresenta nenhum perigo. Quando entrou em contato com as camadas densas da atmostera, o objeto se aqueceu e o hidrogênio explodiu. Foi uma explosão química que não deixou quase nada do objeto cósmico. Muito provavelmente, o meteoro era do tamanho de uma minivan. Tais corpos celestiais não contêm elementos radioativos, portanto não há porquê se preocupar com um ambiente de radiação mais alta em Chelyabinski. No espaço, perigosos em termos de radiação são os grandes planetas e estrelas extintas ou em colapso. Não há outros tipos de radiação no espaço", disse Shingarkin.
Especialistas estão atualmente percorrendo a área onde ocorreu a explosão, à busca de eventuais resíduos do objeto espacial.
A Academia de Ciências da Rússia, que investiga o inesperado "ataque de meteoro" nos montes Urais, divulgou seus resultados preliminares para a opinião pública. "De acordo com as nossas estimativas, o objeto tinha poucos metros de comprimento, pesava cerca de 10 toneladas e sua potência explosiva foi de alguns kilotons. Entrou na nossa atmosfera a uma velocidade de 15 a 20 km/seg, explodiu a uma altitude de 30 a 50 km e o movimento dos fragmentos em alta velocidade provocou um forte brilho e provocou uma violenta onda de choque. O grosso do material do objeto cadente se evaporou, e os fragmentos remanescente desaceleraram e podem ter caído no solo como meteoritos".
De acordo com informação mais recente do Ministério do Interior, 1.200 pessoas ficaram feridas e o prejuízo estimado foi de 1 bilhão de rublos.
Especialistas estão atualmente percorrendo a área onde ocorreu a explosão, à busca de eventuais resíduos do objeto espacial.
A Academia de Ciências da Rússia, que investiga o inesperado "ataque de meteoro" nos montes Urais, divulgou seus resultados preliminares para a opinião pública. "De acordo com as nossas estimativas, o objeto tinha poucos metros de comprimento, pesava cerca de 10 toneladas e sua potência explosiva foi de alguns kilotons. Entrou na nossa atmosfera a uma velocidade de 15 a 20 km/seg, explodiu a uma altitude de 30 a 50 km e o movimento dos fragmentos em alta velocidade provocou um forte brilho e provocou uma violenta onda de choque. O grosso do material do objeto cadente se evaporou, e os fragmentos remanescente desaceleraram e podem ter caído no solo como meteoritos".
De acordo com informação mais recente do Ministério do Interior, 1.200 pessoas ficaram feridas e o prejuízo estimado foi de 1 bilhão de rublos.
Fotos da passagem do meteorito sobre a cidade russa de Chelyabinski - (Fotos: Pravda).
Alguns dos pequenos estragos causados em Chelyabinski pela explosão do meteorito - (Fotos: Pravda).
Vídeos sobre a passagem e explosão de meteorito sobre a cidade russa de Chelyabinski - (Fontes: Pravda e YouTube).
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