sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A chef Dona Dilma está se especializando em engordar contas públicas às custas de FGTS e etc.

[Nossa sempre afável e sorridente ex-guerrilheira pode não ser grande coisa como gestora -- o tal do PAC é um meteoro no seu sapato --, mas descobriu-se como criadora de contas públicas e, carregando seu Sancho Pança (versão vigilantes do peso) Guido Mantega a tiracolo, está engordando o superavit primário que nem ganso p'ra fazer foie gras.

Foto secreta de Guido Mantega, disfarçado, durante seu estágio de pós-graduação em engorda de superavit primário na França, usando revolucionariamente a técnica para produção de foie gras. Foto tirada por Dona Dilma.

Vejamos a reportagem da Folha de S. Paulo de hoje sobre o assunto.]

Além da reserva extra que estava no Fundo Soberano e de dividendos dos bancos públicos, o Tesouro também contou com R$ 7,2 bilhões do FGTS -- fundo que pertence aos trabalhadores -- para fechar as suas contas em 2012. 

O montante foi obtido de duas formas diferentes. Primeiro, o Tesouro não quitou uma dívida que tem com o fundo relativa à parcela dos subsídios concedidos no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), de responsabilidade da União.  Além disso, reteve a arrecadação proveniente de contribuição adicional de 10% que as empresas são obrigadas a fazer para o FGTS quando demitem sem justa causa. A dívida com o fundo vem se acumulando como uma espécie de esqueleto que terá que ser quitado um dia. 

Técnicos do governo negam que isso seja um novo esqueleto que impactará a dívida pública. Argumentam tratar-se de "uma obrigação" que entrará na programação financeira do Tesouro e irá se reduzir ao longo do tempo.  Dizem, ainda, que a legislação permite que essa "equação financeira" seja usada com responsabilidade e que o dinheiro voltará ao FGTS na "forma estabelecida pela lei".

Subsídio

Segundo dados oficiais, desde 2009, quando o MCMV foi lançado, só no primeiro ano do programa e em 2010 foram feitos pagamentos ao FGTS referentes aos subsídios concedidos. Os valores, no entanto (R$ 450 milhões em 2009 e R$ 350 milhões em 2010), foram bem inferiores ao total do benefício dado. Pela regra em vigor, do total do subsídio concedido a famílias carentes dentro do MCMV, 17,5% têm que ser arcados pelo Tesouro, que deve ressarcir o FGTS.  No início do programa, esse valor era maior (25%). O FGTS, porém, vem bancando 100%, e o crédito é registrado para ser pago um dia. [Traduzindo em português cristalino: os governos do Partido dos Trabalhores estão se apropriando indevidamente -- eufemismo para "roubando" -- de verbas de fundo desses mesmos trabalhadores. E os trabalhadores, estão esperando o quê para enquadrar e responsabilizar esses pilantras?!]

Nas demonstrações contábeis do fundo referentes a 2011, consta saldo a ser quitado pelo Tesouro de R$ 3,1 bilhões. A estimativa oficial é que a dívida tenha subido em 2012 para R$ 4 bilhões. Corrigido pela inflação, esse valor chega a R$ 4,8 bilhões. Além de não pagar sua parte nos subsídios do MCMV, o Tesouro se beneficiou de R$ 2,8 bilhões arrecadados em 2012 com a contribuição extra de 10% paga ao FGTS pelas empresas em demissões. 

Inicialmente, a contribuição, criada em 2001 para que o FGTS tivesse caixa para quitar expurgos decorrentes de planos econômicos, era apenas registrada no sistema oficial. O dinheiro seguia direto para o fundo.  Em abril de 2012, amparado em brecha legal, o Tesouro decidiu reter os recursos que serão devolvidos ao FGTS, mas sem prazo-limite. 

[O que está descrito aí em cima retrata o comportamento espúrio e marginal do governo Dilma com a coisa pública e, em especial, com o dinheiro dos trabalhadores. Além de desacreditar publicamente esse mesmo governo, interna e externamente, revelando-o como um malandro maquiador de superavit primário. Fica provado que o Sr. Delfim Netto está se deixando enganar pela nossa terna ex-guerrilheira, o que pega mal para sua idade e sua experiência -- ou então, está se fingindo de bobo para não aborrecê-la e não prejudicar interesses que defende.]

Maracutaias do governo para engordar o superavit primário -- clique na imagem para ampliá-la. -- (Ilustração: Editoria de Arte/Folhapress).

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