O ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, exonerado pela presidente Dilma Rousseff no fim de 2011 após denúncias de irregularidades, participou na terça-feira (19) da reunião trimestral do Conselho de Administração do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Sob a tutela do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), presidente do conselho, Lupi permanece na vaga destinada ao membro indicado pelo Ministério do Trabalho. [Para quem eventualmente não se lembre, esse ministro Pimentel é o mesmo que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por crimes de fraude em licitação pública e “desvio de recursos em proveito alheio”, em 2004, época em que ele era prefeito de Belo Horizonte. No currículo-prontuário desse cidadão constam ainda denúncias sobre ganhos ilícitos com serviços de consultoria que prestou quando já membro do governo da simpática Dona Dilma, denúncias essas que jamais puderam ser apuradas porque nossa ex-guerrilheira blindou o acusado com uma barreira inexpugnável.]
Em janeiro deste ano, a Folha mostrou que Lupi --atual presidente nacional do PDT-- permanecia no cargo mesmo após sua exoneração. Com isso, ele ganha R$ 6.000 por mês.
Em nota, o ministério disse que a substituição de Lupi será feita "oportunamente". Em seu lugar foi indicado há um mês o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT-AL). Lupi não foi localizado ontem para comentar.
Lupi mantém renda ligada ao cargo do qual foi demitido
Carlos Lupi: não presta para ser ministro de Dilma, mas serve para ser conselheiro do BNDES (com a autorização dela) - (Foto: Google).
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