Eleito nesta terça-feira (26) para presidir a Comissão de Infraestrutura do Senado nos próximos dois anos, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) pediu que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, "cale a boca" e espere o TCU (Tribunal de Contas da União) investigar sua gestão na procuradoria. Collor subiu à tribuna do Senado pouco depois de ser eleito na comissão para fazer mais um discurso com ataques a Gurgel.
O senador disse que o tribunal vai dar a palavra final sobre os "crimes" cometidos pelo procurador no cargo, já que na semana passada o Senado aprovou pedido de sua autoria para o tribunal investigar Gurgel. "Ele tem que calar a boca. Ele e a sua trupe corporativista de emulas [rivais] [Collor, ou a Folha, ou ambos erraram: o certo é êmulos -- acredito que tenha sido um ato falho do senador, referindo-se por engano a parentes muito próximos seus]. Agora é o Senado que quer saber de tudo. Por isso, cale a boca e espere o TCU dar a palavra final. Só ele é capaz de dizer se o senhor prevaricou, ou não. Se cometeu mais um ilícito a acrescentar ao seu portfólio criminoso", afirmou Collor. [Aviso aos incautos: isso não é discurso de valentão de zona de alta rotatividade, são a voz e o pensamento de um senador da República.]
Com apenas seis senadores presentes no plenário, o Senado aprovou na semana passada requerimento de Collor que pede para que o TCU investigue Gurgel pela compra que a Procuradoria-Geral da República fez de 1.200 tablets, no dia 31 de dezembro de 2012. O senador pediu para o senador Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, colocar o requerimento em votação. O petista acatou o pedido e, em menos de um minuto, o requerimento foi aprovado. Segundo o senador, a licitação teria sido "direcionada" para beneficiar uma empresa e ocorreu no "apagar das luzes". O pedido faz parte de uma série de ações de Collor contra Gurgel. O valor da compra foi de R$ 3 milhões.
O procurador classificou de "risível" a suspeita colocada pelo senador. O procurador não descartou a possibilidade de que seja uma "retaliação" por sua atuação contra o PT, no caso do mensalão, e pelo pedido de abertura de inquérito contra Renan Calheiros (PMDB-AL) no dia de sua eleição para a Presidência do Senado. Segundo a procuradoria, não há irregularidades na compra dos tablets. Em nota, o órgão informou que optou pelo tablet iPad 3, da Apple, pois a Lei de Licitações permite a indicação de uma marca em casos como esses. A procuradoria informa ainda que o processo teve aval da área técnica.
Collor é um dos principais aliados de Dilma no Senado. Sua indicação para presidir a Comissão de Infraestrutura foi definida no "rateio" entre os partidos governistas para ocupar os postos de comando da instituição [o que vem provar o jogo duplo da terna ex-guerrilheira: com u'a mão cria a Comissão da Verdade, demite ministros e etc, com a outra puxa p'ra debaixo da asa os Lupis e os Collors da vida -- ambientezinho insalubre essezinho debaixo dessa asa, hem? Vixe Maria!]. Até o ano passado, Collor era presidente da Comissão de Relações Exteriores. No discurso feito hoje contra Gurgel, o senador não mencionou sua eleição para a nova comissão.
Collor & Renan, a dupla rebotalho da política nacional - (Foto: Google).
Broder,
ResponderExcluirLembro-me dos dias de CHUMBO GROSSO que o sombrio triunvirato nos proporcionou (Collor, Zélia e Eris). Dias de vômito. Esse elemento pensa que é fortão, que sabe karatê e ainda se tem em grande conta. Grosseiro que manipula um portugês gongórico. Espero mais do povo de Alagoas.