Fabricantes de celulares como Nokia, Huawei, HTC, ZTE, Orange e Alcatel,
que estão reunidas em Barcelona no Mobile World Congress - Congresso
Mundial da Telefonia Móvel - pretendem lançar smartphones mais rápidos e
mais baratos para fazer frente ao domínio da coreana Samsung e da americana Apple nesse mercado.
Ontem [25/2], o grupo finlandês Nokia apresentou dois smartphones de "categoria
média" destinados a clientes que desejam inovações, mas não querem - ou
não podem - gastar muito com um telefone. Os modelos Lumia 520 e 720, que têm funções até agora reservadas aos
celulares de alta categoria do grupo, como câmera fotográfica de alta
resolução e sistema de GPS, serão vendidos por 139 e 249 [euros], sem
impostos.
A chinesa Huawei, que subiu para o terceiro lugar na lista dos
smartphones mais vendidos no quarto trimestre de 2012, com 5,3% do
mercado mundial, lançou no domingo um aparelho que apresentou como o
mais rápido do planeta. O Ascend P2, que promete uma velocidade 50% maior do que a dos seus
concorrentes diretos, será vendido na Europa por 399 euros, quase a metade do
que custa um iPhone, vendido por 679 euros na Europa. Também é bem mais
barato que o Samsung Galaxy III, que custa 649 euros.
O One Touch Star, smartphone da francesa Alcatel também apresentado
ontem em Barcelona, chega com a mesma preocupação. "O mercado espera
com ansiedade esse celular que responde aos desejos dos nossos usuários:
design e prestação de serviços ao melhor preço", disse Thomas Brenac,
diretor da Alcatel One Touch France. O telefone, que tem integrado um processador central duplo de 1 GHz,
tela sensível ao toque de quatro polegadas e uma câmera de cinco
megapixels será vendido na França a partir de abril por preço que irá de
199 a 219 euros, conforme o modelo.
Líder. Número um mundial com 29% dos smartphones vendidos no mundo, a
Samsung também está no evento espanhol. A empresa anunciou no domingo o
lançamento do seu mini tablet, o Galaxy Note 8.0. O novo modelo do Galaxy S, smartphone de maior sucesso da empresa, será
lançado em 14 de março, em Nova York, anunciou a empresa no Twitter.
Já a Apple, segunda do mercado com 22,1% das vendas, não costuma
participar do congresso - o que só aumenta o interesse pela
concorrência, que garante que pode fabricar aparelhos melhores e mais
baratos do que as duas líderes de mercado. Sobretudo porque os consumidores começam a se "cansar um pouco do
duopólio da sul-coreana e da americana", disse Yves Maître,
vice-presidente da divisão de celulares da empresa francesa Orange, que
será a primeira a comercializar o novo smartphone da chinesa Huawei na
França.
Brecha. É com foco nesse público - que não quer entrar na briga entre
Samsung e Apple - que a japonesa Sony apresentou, durante o congresso, o
seu Xperia Z, lançado em janeiro no Japão. Por lá, o modelo já é o
smartphone mais vendido. "Esta semana começamos o lançamento do Xperia Z
em 60 países dos cinco continentes", afirmou Kunimasa Suzuki,
presidente e diretor geral da Sony Mobile.
A chinesa ZTE também apresentou ontem um "phablet", aparelho metade
telefone e metade tablet, com uma tela de 5,7 polegadas. Batizado de
Gran Memo, ele permite realizar uma chamada com uma única mão e tem
integrado o GPS e uma câmera de foto de 13 megapixels.
A taiwanesa HTC também apresentou na semana passada seu novo smartphone
HTC One, do qual espera mais do que seus decepcionantes últimos modelos.
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