sábado, 23 de fevereiro de 2013

O elefante Dona Dilma faz novos estragos na loja de louças chamada Brasil

Se não acharem rapidinho um bom domador, a loja de louças chamada Brasil ficará em cacos graças ao elefante Dona Dilma (o correto seria elefanta). Duas das peças mais valiosas do acervo, a Petrobras e a Eletrobras (e, com ela, o setor elétrico), já foram serissimamente danificadas. A única área da loja poupada pelo paquiderme é, estranhamente, o da indústria automobilística, sabe-se lá porquê. Há quem diga que um dos grandes culpados por esses surtos destruidores é o faxineiro da jaula do elefante, um tal de Guido Mantega, que só não é demitido porque o Dona Dilma, de pirraça, não quer fazer crer que aceitou o conselho da revista inglesa The Economist.

Outro detalhe que chama a atenção é que, frequente e aparentemente, o Dona Dilma dá a impressão de poupar outras áreas da loja além da automobilística, mas logo depois verifica-se que na realidade ninguém foi poupado. O que preocupa é que o paquiderme está desenvolvendo uma técnica e uma estratégia de destruição menos ostensivas e espalhafatosas do que a que tem usado contra a Petrobras e a Eletrobras, mas os efeitos são tão desastrosos quanto. Uma coisa já se descobriu: nessas novas investidas, o Dona Dilma está sempre envolto numa espécie de disfarce chamada "estímulo ao consumo". Há quem chame esse novo tipo de ataque de "voo de galinha" mas, convenhamos, com aquela tonelagem toda pega mal p'ro Dona Dilma.

Os defensores de elefantes dizem que o Dona Dilma tem boas intenções (imaginem se não tivesse ...) -- o problema é que o inferno está lotado de elefantes bem-intencionados. O alvo agora do Dona Dilma é o setor portuário da loja de louças, uma área sempre protegida por pelegos, servida por empregados cheios de regalia e altamente cara e ineficiente: exportar qualquer coisa por ali sai, por exemplo, pelo triplo do que se consegue na loja de louças chamada Cingapura [essa área da loja Brasil sempre foi mantida inatacada e inatacável pelo paquiderme que antecedeu o Dona Dilma, o famigerado NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula]. E quem diz isso não é nenhum detrator do Dona Dilma, é um setor do próprio circo "Palácio do Planalto" chamado "Ministério do Planejamento".  Esse setor portuário mequetrefe é um dos importantes contribuintes para o elevadíssimo custo operacional da loja de louças chamada Brasil, mesmo sem as investidas do Dona Dilma.

Quando souberam que o Dona Dilma se dirigia para seu reduto, os operários do setor portuário da loja Brasil botaram p'ra funcionar sua principal, mais ostensiva e quase única habilidade: fazer greve. Mesmo declarado ilegal pelo TST - Tribunal Superior do Trabalho, o movimento grevista paralisou 30 portos da loja Brasil e afetou exportações. Aí, o que fez o Dona Dilma? Contrariando radicalmente a lógica comportamental dos elefantes quando decididos a atacar, recuou e começou a fazer carinhos nos grevistas com sua tromba. Moral da história: os acionistas da loja vão se danar, mais uma vez. Com os pelegos grevistas irresponsáveis isso é o de menos, todos ganham muito bem e sabem que o CEO da loja Brasil não tem coragem de demití-los.

Mostrando-se desordenado como sempre, o Dona Dilma não se preparou para a hipótese de não conseguir dar o freio de arrumação que pretendia no tal setor portuário da loja Brasil. Resultado: o anabolizante que ia usar, chamado MP 595, teve sua aplicação e seus efeitos suspensos até quando não se sabe, e a loja de louças Brasil ficou impossibilitada não só de exportar seus produtos como também de importar coisas essenciais para a sua própria sustentação. Exemplo: a suspensão da aplicação da MP 595 gerou uma batalha jurídica que já ameaça o abastecimento de matérias-primas para a indústria nacional.

No início deste mês, o governo determinou o fechamento do terminal de produtos químicos da Granel Química, no porto de Santos, cujos tanques têm requisitos específicos para receber químicos para as indústrias de plástico, tinta e papel. O argumento é que o contrato está vencido e terá que haver licitação para escolher novo operador. Mas, por causa das mudanças na Lei de Portos e pela falta de um estudo para a licitação, a concorrência não tem prazo. O quadro abaixo mostra mais uma pixotada de um elefante que pode chegar a 12 toneladas de peso com a dieta pesada que tem (ineficiência, burocracia, burrocracia, tributação altíssima, etc), agravada por miopia e astigmatismo fortemente seletivos.

Mais uma desarrumação provocada pelo elefante Dona Dilma na loja de louças chamada Brasil - (Fonte: Folha de S. Paulo).




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