A presidente acrescentou que os países africanos querem principalmente cooperação na produção agrícola e na fabricação de medicamentos e contar com a presença das grandes construtoras brasileiras em projetos de infraestrutura. Na avaliação de Dilma, o importante na cooperação entre países em desenvolvimento é o fato de as conversas terem sido feitas na base da "mutualidade".
"Nós não nos achamos superiores a ninguém, até porque compartilhamos
algumas condições muito semelhantes", disse Dilma em entrevista a
jornalistas brasileiros antes de voltar para Brasília, acrescentando que
na cooperação Sul-Sul os países não impõem condicionalidades aos
outros. "Isso significa que o Brasil é visto de uma forma amigável. Não
somos vistos como um país que chega e impõe, que é dono da razão e de
nariz em pé". Segundo Dilma, o Brasil também tem a oferecer sua experiência no combate
à pobreza. "Nisso, o Brasil é imbatível. Isso eles querem, todos
querem."
Dilma concedeu uma rápida entrevista depois de reunir-se com o
presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan. Perguntada sobre questões
econômicas e se algumas medidas do governo estariam demorando a surtir
efeito, Dilma desconversou e disse que precisava dar prosseguimento a
sua agenda. "Acalmem-se", disse aos jornalistas.
Em declaração à imprensa, o presidente nigeriano também defendeu um aprofundamento das relações entre os empresários dos dois países e disse ver oportunidades de negócio nos setores de agricultura, defesa, petróleo, energia, biocombustíveis, mineração, aviação e infraestrutura.
[Engana-se quem acha, pela notícia acima, que nossa eternamente afável Dona Dilma está dando gás à Eletrobras. Atuação através de acordos entre países significa valor comercial zero, na melhor das hipóteses com reembolso de despesas, é ação exlusivamente estatal, entre "amigos" -- é, praticamente, uma ação beneficente. O aprendizado comercial e empresarial da Eletrobras será praticamente nulo. Se continuar enveredando por esse caminho de eterno braço estatal no exterior, a empresa jamais adquirirá experiência e tino empresariais para competir no exterior com quem tiver essencialmente a visão de negócio. Continuará eternamente uma estatal, também lá fora, só que com custos ampliados.
Esse compromisso que nossa doce ex-guerrilheira joga no colo da Eletrobras chega num péssimo momento para a empresa, em que se admite até sua extinção por conta dos efeitos devastadores da MP 579 em sua estrutura econômico-financeira. Essa jogada na Nigéria tem todo o perfil e conteúdo de mais um exemplo de administração por eructação que vemos há uma década sob o governo petista. Já vi esse filme inúmeras vezes nos meus dez anos de área internacional da Eletrobras, principalmente na África. O Brasil lá chega cheio de pompas e circunstâncias, com missões de alto nível (presidenciais e/ou ministeriais), faz um auê danado, assina papeladas de acordos e, depois, desaparece do cenário. O nível de continuidade de atuação estatal é zero, principalmente na área elétrica, por falta absoluta de visão lato sensu, de planejamento idem e de autocrítica idem -- o Estado brasileiro promete coisas que sabe que não irá cumprir, nem se esforça para cumprir. Com esse histórico e esse presente, passamos a imagem de um país que não dá continuidade a seus projetos de cooperação, que não dá a devida importância a seus parceiros potenciais, o país do fogo de palha. E assim, direta ou indiretamente, o governo acaba atrapalhando em vez de ajudar a atuação de nossas grandes empresas e consultores no exterior.]
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Em declaração à imprensa, o presidente nigeriano também defendeu um aprofundamento das relações entre os empresários dos dois países e disse ver oportunidades de negócio nos setores de agricultura, defesa, petróleo, energia, biocombustíveis, mineração, aviação e infraestrutura.
[Engana-se quem acha, pela notícia acima, que nossa eternamente afável Dona Dilma está dando gás à Eletrobras. Atuação através de acordos entre países significa valor comercial zero, na melhor das hipóteses com reembolso de despesas, é ação exlusivamente estatal, entre "amigos" -- é, praticamente, uma ação beneficente. O aprendizado comercial e empresarial da Eletrobras será praticamente nulo. Se continuar enveredando por esse caminho de eterno braço estatal no exterior, a empresa jamais adquirirá experiência e tino empresariais para competir no exterior com quem tiver essencialmente a visão de negócio. Continuará eternamente uma estatal, também lá fora, só que com custos ampliados.
Esse compromisso que nossa doce ex-guerrilheira joga no colo da Eletrobras chega num péssimo momento para a empresa, em que se admite até sua extinção por conta dos efeitos devastadores da MP 579 em sua estrutura econômico-financeira. Essa jogada na Nigéria tem todo o perfil e conteúdo de mais um exemplo de administração por eructação que vemos há uma década sob o governo petista. Já vi esse filme inúmeras vezes nos meus dez anos de área internacional da Eletrobras, principalmente na África. O Brasil lá chega cheio de pompas e circunstâncias, com missões de alto nível (presidenciais e/ou ministeriais), faz um auê danado, assina papeladas de acordos e, depois, desaparece do cenário. O nível de continuidade de atuação estatal é zero, principalmente na área elétrica, por falta absoluta de visão lato sensu, de planejamento idem e de autocrítica idem -- o Estado brasileiro promete coisas que sabe que não irá cumprir, nem se esforça para cumprir. Com esse histórico e esse presente, passamos a imagem de um país que não dá continuidade a seus projetos de cooperação, que não dá a devida importância a seus parceiros potenciais, o país do fogo de palha. E assim, direta ou indiretamente, o governo acaba atrapalhando em vez de ajudar a atuação de nossas grandes empresas e consultores no exterior.]
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