segunda-feira, 18 de abril de 2011

Brasil e Alemanha devem fechar acordo de cooperação tecnológica

O Brasil costura com a Alemanha um acordo de cooperação técnica, em busca de maior competitividade da indústria nacional no mercado externo. Os dois países trabalham ainda em segredo para que a Sociedade Fraunhofer, com sede em Munique e referência mundial em inovação tecnológica, instale um escritório em São Paulo. A ideia é firmar esse acordo em 5 de maio vindouro, durante a visita ao Brasil do presidente alemão, Christian Wulff.

O Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), ligado à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia, é inspirado na atuação da Sociedade Fraunhofer, entidade que agrupa 52 instituições de pesquisa avançada na Alemanha. A instituição alemã desenvolveria pesquisas aplicadas, sob encomenda do governo ou empresas privadas, utilizando mão de obra de universidades brasileiras. A parceria é respaldada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), de acordo com documento do governo brasileiro obtido pelo jornal O Globo.

Segundo uma fonte diplomática, a inovação é o carro chefe da visita do presidente alemão a Brasília. Espelhado no exemplo chinês, que segundo o Banco Mundial deve 70% de seu investimento estrangeiro direto entre 1990 e 2005 à aproximação com empresas e o governo alemão, o Brasil vê o país europeu como aliado estratégico para desenvolvimento tecnológico.

Entre outros temas, o presidente Christian Wulff deve apresentar à presidente Dilma Rousseff proposta para abocanhar parte do mercado de pesquisa naval, em expansão desde o início da exploração de petróleo na vcamada pré-sal. Deve oferecer um navio de grande porte, capaz de abrigar 24 pesquisadores, que estará à venda a partir de 2012. O MCT já solicitou informações sobre a proposta.

Além da produção de etanol de cana-de-açúcar, os alemães também estão de olho no mercado de terras raras, minerais de grande utilidade na indústria tecnológica e abundantes em solo brasileiro. Brasil e Alemanha negociam um acordo para estudo e produção de insumos industriais a partir desses elementos químicos. (Fonte: ver aqui). Sugiro ver também duas postagens anteriores sobre o tema "terras raras", uma de 31/01/11 e a outra de 28/12/2010.

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