Há apenas uma década atrás o frigorífico brasileiro JBS, sediado em Lins (SP), estava concentrado principalmente em vender dentro do país. Mas, depois de comprar gigantes americanos como o Swift e o Pilgrim's Pride, ele passou de uma companhia privada de 1 bilhão de dólares para um monstro de 40 bilhões de dólares, que abate 90 mil cabeças de gado por dia, emprega 125 mil trabalhadores e exporta para 150 países! O JBS é hoje o maior fornecedor de carne do mundo, marcando sua presença em currais de engorda, indústrias de empacotamento e processadores de carne de galinha da Argentina à Itália e ao Meio Oeste americano.
De muitos modos o JBS, que possui o grande abatedouro nos limites da cidade de Lins, ainda é gerido como uma empresa familiar. Seu fundador, que começou abatendo uma ou duas cabeças por dia em 1953, cria bezerros bem no interior do país. Seis dos seus filhos estão na gestão do frigorífico. E fazendeiros como Edson Crochiquia, que tem 69 anos mas arrebanha gado no lombo do cavalo, não poupa esforços para fornecer à empresa animais saudáveis pesando quase meia tonelada.
Para Wesley Batista, 40 anos, principal executivo do JBS e quarto filho do fundador do frigorífico, a companhia é gerida ainda de uma "maneira simples", usando um modelo de gestão "sem muitas camadas, sem um monte de coisas extravagantes, e sem muito tempo gasto em apresentações com PowerPoint". E, embora o patriarca da família José Batista Sobrinho, de 77 anos, possa ainda ser encontrado na sede da empresa em São Paulo, a companhia que criou é tudo menos caseira. Instalações de alta tecnologia na Austrália suprem o mercado asiático, e seus 39 abatedouros no Brasil alimentam não só nosso país como também a Europa. Só nos EUA o JBS emprega 75 mil pessoas e projeta uma receita de 28 bilhões de dólares este ano. Leia mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário