segunda-feira, 18 de abril de 2011

Volta a ser investigada a morte de João Goulart

Graças a um dileto amigo, a quem agradeço, tive acesso à notícia veiculada na Argentina sobre a retomada das investigações sobre as circunstâncias em que teria ocorrido a morte de João Goulart ("Jango"), 24° presidente do Brasil (1961-1964). Deposto pelas forças armadas em 1 de abril de 1964, Jango morreu em 6 de dezembro de 1976 em uma casa de campo na cidade argentina de Mercedes, no interior da província de Corrientes.

Desde sua morte, seus parentes sempre suspeitaram de que Jango tivesse sido vítima da famosa Operação Condor, nome dado à coordenação entre as ditaduras (e seus aparatos de repressão) do Cone Sul para perseguir e exterminar seus opositores. A esperada oportunidade para a reabertura das investigações sobre as circunstâncias em que se deu a morte de Jango surgiu agora, com a determinação da promotora federal Bilda Carvalho para que, entre outras diligências, a justiça brasileira peça às autoridades argentinas informações sobre os exames feitos no corpo do ex-mandatário brasileiro antes de seu envio ao Brasil.  A investigação sobre a morte de Jango havia sido arquivada pela promotoria do Rio Grande do Sul.

João Vicente Goulart, filho do ex-presidente, espera que a nova investigação inclua a exumação do corpo de Jango, a exemplo do que o Chile fez recentemente com os restos de Salvador Allende. Dizendo que seu pai foi perseguido pelas ditaduras de Argentina, Brasil e Uruguai, ele não descarta a hipótese de que a CIA tenha igualmente tomado parte na morte de Jango, juntamente com a Operação Condor. João Vicente disse ainda que espera que a promotora Bilda Carvalho peça à justiça americana que interrogue Frederick Latrash, chefe da CIA no Uruguai em 1976, suspeito de envolvimento no suposto assassinato de Jango. Leia mais.
João BelchiorMarques Goulart (1919-1976)

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