Bradley Manning, o soldado americano acusado de fornecer centenas de milhares de documentos secretos para o WikiLeaks, não será mais mantido confinado em prisão solitária. O exército americano anunciou na quita-feira que Manning, na semana passada, havia sido transferido da base da Marinha de Quantico (na Virginia) para o centro de detenção do Forte Leavenworth, no Kansas -- aqui, ele terá a companhia de outros prisioneiros militares de segurança média que aguardam julgamento, terá sua própria cela, usará roupa normal de prisioneiro e terá acesso a áreas comunitárias durante o dia, segundo a agência Associated Press (AP).
Essas novas condições de vida contrastam drasticamente com as que Maning tinha em Quantico, onde era mantido numa solitária 23h por dia, era obrigado a ficar nu cada noite, e dormia com um macacão à prova de suicídio, segundo o jornal USA Today. Essa mudança significa que Manning não é mais considerado pelos militares um suicida em potencial, razão alegada por eles para mantê-lo em confinamento isolado e dar-lhe o tratamento que recebia em Quantico. Os advogados de Manning, e as pessoas que o apoiam, chamavam essas condições de desumanas e excessivamente severas, e a Anistia Internacional afirmou que o tratamento ministrado a ele pode ter violado seus direitos humanos. Sua transferência para Kansas ocorreu pouco depois de decorrida uma semana após um investigador de torturas da ONU haver declarado que lhe havia sido negada permissão para ter uma reunião privada com Manning em Quantico. (Fonte: aqui). -- Ver postagens anteriores sobre Manning, uma em 08/02/2011, e a outra em 25/01/2011.
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