Dilema em Pequim (ou Beijing, como querem alguns): o que fazer com 3 trilhões de dólares? Salvar o euro, para que os europeus continuem comprando? Apoderar-se dos direitos sobre minerais pelo mundo afora? Gastá-los em importações? Colocá-los debaixo de um colchão -- ou em bônus do Tesouro americano -- e deixar que essa pilha de dinheiro continue crescendo?
No que é considerado um reconhecimento de que algumas das políticas econômicas básicas chinesas estão causando problemas, o presidente do Banco Central chinês, Zhou Xiaochuan, disse na semana passada que o país estava, de fato, sofrendo por excesso de dinheiro. As reservas em moeda estrangeira da China alcançaram 3 trilhões de dólares em março, depois de sofrer um aumento de 25% só no ano passado, uma taxa de crescimento que está alimentando a inflação e tornando-se difícil de administrar, disse Zhou.
O montante das reservas é um dos parâmetros básicos que medem as relações econômicas da China com o resto do mundo -- o excesso de dinheiro entrando no país para investimentos e para pagar o que o mundo importa dos chineses. Zhou não chegou a recomendar uma solução para essa situação, mas o acúmulo de reservas está intimamente ligado à prática chinesa de manter sua taxa de conversão para o dólar baixa e relativamente estável. Zhou é considerado um reformador em termos de política monetária e em outras políticas financeiras, mas é uma voz minoritária. O Banco Central chinês não é independente, responde a um Conselho Estatal que joga com as às vezes conflitantes prioridades dos exportadores, das companhias estatais, dos governos locais e de outras facções -- Zhou não é membro do Conselho. Leia mais.
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