Se a história não acabar em pizza, poderá ser uma limpeza em regra. Cerca de 38% dos governadores eleitos em outubro passado correm o risco de perder os mandatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) -- terão de se defender de acusações feitas por adversários políticos e pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de, entre outros crimes, compra de votos, abuso de poder político e econômico, e uso ilegal dos meios de comunicação. Por enquanto, somente três dos dez processos que chegaram à corte têm o trâmite mais adiantado -- mesmo assim, a expectativa de que cheguem ao plenário fica para o fim do ano.
Dos dez recursos apresentados até agora, oito foram de iniciativa de adversários políticos dos eleitos e apenas dois se originam do Ministério Público Eleitoral (MPE).
No início de março seis governadores já enfrentavam recurso contra a expedição de diploma (RCED) no TSE: Tião Viana (PT), do Acre; Omar Aziz (PMN), do Amazonas; Antonio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais; Wilson Martins (PSB), do Piauí; Rosalba Ciarlini (DEM), do Rio Grande do Norte, e Siqueira Campos (PSDB), do Tocantins. Além deles, o governador de Roraima, José de Anchieta Junior (PSDB), já havia perdido o mandato por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) local, mas o TSE examinará o recurso que foi impetrado. Além dos citados, somaram-se em seguida recursos apresentados contra a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e os governadores de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), e do Ceará, Cid Gomes (PSB). Com todos esses casos, a eleição passada supera os processos apresentados no pleito anterior. Leia mais.
Mesmo correndo o risco de se ficar frustrado e decepcionado caso pouco ou nada de efetivo resulte desses processos, é bastante animador ver a instalação desses processos de desinfecção política, sem dúvida um avanço na nossa história política a exemplo do que de semelhante se fez no ano passado.
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