O governo estuda dar subsídios a companhias aéreas dispostas a fazer novos voos regulares ligando pequenas cidades do interior. A medida pode
entrar no pacote para a infraestrutura que a presidente Dilma Rousseff
pretende anunciar, no início de setembro, para portos e aeroportos. No
Palácio do Planalto, a tentativa é fazer os anúncios no dia 5, incluindo
medidas para reduzir as tarifas de energia elétrica.
Nos aeroportos, Dilma encarregou o ministro-chefe da Secretaria de
Aviação Civil, Wagner Bittencourt, de procurar diretamente pelo menos
quatro operadoras europeias para medir o nível real de interesse em um
modelo de concessões no qual a Infraero seria mantida como sócia
majoritária. Bittencourt ficou com a missão de conversar apenas com
gigantes do setor: a alemã Fraport (responsável pelas operações de
Frankfurt), a britânica BAA (Heathrow), a holandesa Schipol (Amsterdã) e
a francesa Aéroports de Paris (Charles de Gaulle). [Só na cabeça de petista é que pode surgir uma ideia estapafúrdia como essa de manter a Infraero no comando de nossos aeroportos! De duas, uma: ou Dª Dilma está acometida da mesma "cegueira seletiva" de Lula, o Nosso Pinóquio Acrobata, ou debaixo desse angu tem muito caroço. Resta ver se alguma grande operadora europeia vai aceitar essa maluquice de ser subordinada a uma excrescência tipo Infraero ...]. A missão atribuída ao ministro é explicar em detalhes esse novo modelo. O Valor
apurou que várias operadoras estrangeiras já disseram, às empreiteiras
brasileiras com as quais se associaram no último leilão de aeroportos,
que não têm interesse em participar das concessões na condição de sócias
minoritárias [como diria Sherlock Holmes, elementar, minha cara Dilma ...].
Dilma tem preferência pelo modelo de parcerias público-privadas (PPPs)
para as novas concessões de aeroportos, fortalecendo o papel da
Infraero, mas ainda não tomou uma decisão sobre o tema. O alvo principal
das PPPs é melhorar a gestão dos aeroportos, mas uma nova medida pode
ser necessária para destravar as obras de infraestrutura. Com a Infraero no controle, a única forma de acelerar obras de ampliação
dos terminais é dispensá-la do regime de licitações públicas, segundo
funcionários do governo que acompanham de perto o assunto. Duas
estatais, a Petrobras e a Eletrobras, já gozam atualmente desse status e
estão dispensadas de cumprir as regras de contratações públicas [usar Petrobras e Eletrobras como referências para justificar benesses à Infraero é avacalhar demais com essas duas estatais!]. Ambas as empresas são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União
(TCU), mas não precisam seguir a Lei 8.666/93 (Lei de Licitações) para
comprar equipamentos. A Petrobras pode fazer isso desde a segunda metade
dos anos 90, com a quebra do monopólio da exploração de petróleo.
A Eletrobras ganhou esse benefício em 2009, com a justificativa de que
precisava ser mais ágil na compra de grandes equipamentos para a nova
leva de usinas planejadas na Amazônia e no exterior. Agora, técnicos do
governo sugerem que a Infraero siga o mesmo caminho, caso ela tenha
participação majoritária nas novas concessões do setor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário