[Um ditado do século IV d.C -- si vis pacem, para bellum (se queres a paz, prepara-te para a guerra) -- cai sob medida tanto para os compradores quanto para os vendedores de armas. Que o digam os EUA, que em 2011 encheram a burra, vendendo armas como nunca, como relata o jornal espanhol El País -- os americanos são os 'pacifistas" mais belicistas do planeta. A pomba da paz dos EUA, que se autoproclamaram xerifes do mundo, voa vestida de colete à prova de balas de última geração e capacete com visor noturno.]
A venda de armas pelos EUA bateram um recorde histórico em 2011, atingindo cerca de 78% do comércio mundial correspondente. No ano passado, os americanos venderam ao exterior mais armas do que nunca, num total de US$ 66,3 bilhões (cerca de 53 bilhões de euros) segundo o The New York Times. A Rússia ocupou um distante segundo lugar, com US$ 4,8 bilhões. Os principais destinatários desse armamento (sobretudo sistemas de mísseis avançados e aviões de última geração) foram a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e Omã, países aliados do Golfo Pérsico preocupados com os avanços do programa nuclear iraniano.
As cifras das vendas de armamentos triplicam as de 2010, quando foram vendidos US$ 21,4 bilhões (cerca de € 17 bilhões), segundo o estudo citado pelo The New York Times, realizado pelo Serviço de Pesquisas do Congresso, uma divisão da Biblioteca do Congresso americano. Um aumento anterior relevante na venda de armas se deu em 2009, quando as exportações alcançaram US$ 31 bilhões (cerca de € 24,7 bilhões). Ainda que a crise financeira global tenha feito as vendas de armamentos caírem, as tensões crescentes provocadas pelo desenvolvimento nuclear iraniano reativaram esse tipo de comércio.
Os EUA venderam à Arábia Saudita um sistema antimísseis e 84 aviões F-15, além de "dezenas" de helicópteros Apache, Black Hawk e Chinook, num valor global de US$ 33,4 bilhões [ou seja, a Arábia Saudita sozinha comprou 50,4% das exportações de armas americanas em 2011!].
Os Emirados Árabes Unidos pagaram US$ 4,429 bilhões por um sistema antimísseis e 16 helicópteros Chinook, enquanto Omã comprou 18 aviões de combate F-16, entre outras armas, por US$ 1,4 bilhão. Além disso, os EUA venderam US$ 4,1 bilhões em aviões de transporte C-17 à Índia e outros US$ 2 bilhões de baterias antimísseis Patriot a Taiwan.
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