[O ministro Ricardo Lewandowski no primeiro dia do julgamento do mensalão comportou-se como um autêntico advogado de defesa dos réus, encampando um pedido de ordem (dessa defesa) de natureza já vencida e superada anteriormente pelo STF, desmanchou-se em elogios ao autor do pedido de ordem e principal advogado entre os diversos causídicos da defesa, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, e prejudicou o cronograma do julgamento pronunciando um longo e arrastado voto. Em postagem anterior comentei os estreitos laços de amizade de Lewandowski com a família de Dª Marisa -- que o teria recomendado para o cargo ao marido -- mulher do Nosso Pinóquio Acrobata (Lula). Hoje, o jornal Valor Econômico publica novas facetas de Lewandowski que o deixam muito mal na fotografia (ver texto abaixo) -- a continuar assim, no final do julgamento do mensalão esse ministro poderá, eticamente, estar como veio ao mundo: em pelo.]
O ministro Ricardo Lewandowski, que ontem, por mais de uma hora, votou
pelo acolhimento do pedido do advogado Márcio Thomaz Bastos para
desmembrar o processo do mensalão, tese já vencida e derrubada pelo
Supremo anteriormente, havia, antes de ser ministro, defendido teses de
defensores dos réus do escândalo.
Foi em fevereiro de 2006, quando foi sabatinado pela Comissão de
Constituição e Justiça do Senado Federal. À época, a Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, cujo objeto foi a
investigação do mensalão, partia para sua fase final. Seus integrantes
reclamavam dos incontáveis habeas corpus e mandados de segurança que os
advogados dos investigados apresentavam e o Supremo concedia, impedindo
suas prisões ou manifestações aos deputados e senadores.
Assim ocorreu, por exemplo, com alguns dos protagonistas do escândalo,
como o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares; o marqueteiro Duda Mendonça;
e o publicitário Marcos Valério de Souza, todos réus, hoje, no processo
no STF. O ex-secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, também utilizou
esse expediente, mas só não se tornou réu porque fez acordo para prestar
serviços à comunidade. Todos recorreram ao Judiciário para evitar
constrangimentos na CPI.
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