O Brasil vai produzir vacina tetraviral que protege contra quatro doenças de uma única vez - contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora). O
acordo que prevê a produção da vacina será assinado amanhã (4), no Rio
de Janeiro, e prevê a transferência de tecnologia do laboratório público Biomanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para o laboratório privado GlaxoSmithKline. [Na falta de maiores informações, soa muito estranha essa transferência de tecnologia de um instituição científica estatal -- custeada portanto com o dinheiro do contribuinte brasileiro -- para uma companhia farmacêutica multinacional britânica. Como isso se fez, a que custo, por que a escolha dessa empresa privada estrangeira e não de uma nacional, que contrapartidas foram exigidas e obtidas por Biomanguinhos da Glaxo, como será disponibilizada essa vacina para o público fora do SUS (a Glaxo vai vender o medicamento a preço não controlado, e vai usufruir sozinha do lucro correspondente? O Biomanguinhos terá algum benefício financeiro nessa venda)? -- essas informações têm que ser prestadas. O site do Biomanguinhos é absolutamente indigente como veículo informativo -- ele sequer cita essa vacina tetraviral, e muito menos dá qualquer detalhe sobre a parceria que tem com o GlaxoSmithKline e inúmeras outras instituições científicas e farmacêuticas!!]
Segundo o Ministério da Saúde, a partir de 2013, a vacina tetraviral
fará parte do calendário de imunização do Sistema Único de Saúde (SUS).
O ministro Alexandre Padilha disse hoje (3), durante aula inaugural de um curso de medicina na zona leste de São Paulo, que o acordo garante o acesso
a medicamentos e vacinas sem depender de outros países. “Podemos tomar
como exemplo a pandemia do vírus [Influenza] H1N1, quando a vacina não
era produzida no país e não foram feitas doses em quantidade adequada”,
justificou o ministro, que irá participar da assinatura do acordo no
Auditório Museu da Vida, na sede da Fiocruz. O ministro destacou que a empresa possui interesse em produzir o
medicamento no Brasil por causa do tamanho do mercado consumidor
nacional [quer dizer então que a parceria com o Glaxo não inclui essa produção no país?!]. “Produzir aqui significa distribuir para milhões de pessoas.
Atualmente, temos 34 projetos que são parcerias com empresas”, explicou.
No evento, Padilha comentou a tendência de queda das mortes provocadas
pela influenza A (H1N1) - gripe suína na Região Sul.“A medida que
avançamos no inverno, vai diminuindo a circulação do vírus da gripe. Mas
isso não significa que devemos reduzir a vigilância, sobretudo, quanto
ao uso do oseltamivir [medicamento de nome comercial Tamiflu]. Umas das
razões para a diminuição do número de óbitos foi porque o uso começou a
ser mais precoce”, reforçou.
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