O Wide-Field Infrared Survey Explorer (Wise), telescópio da agência espacial americana Nasa, conseguiu captar comprimentos de ondas ligados ao calor dos astros, o que fez com que eles conseguissem enxergar e mapear pela primeira vez alguns dos objetos mais iluminados do Universo. A expectativa dos cientistas é de que a descoberta os ajude a entender como as galáxias e buracos negros se formam.
Esta imagem com dados do Wise mostra cerca de mil objetos que até então não eram vistos - (Foto: Nasa).
"Caçador de buracos negros"
O Wise tem capacidade de detectar comprimentos de onda que ficam muito além do campo de visão dos telescópios atuais. Isso permite ao equipamento fazer diversas descobertas inéditas na ciência. O telescópio ganhou a fama de "caçador de buracos negros". "Nós encurralamos os buracos negros", diz Daniel Stern, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), um dos autores dos três estudos que foram apresentados nesta quarta-feira.
Stern e seus colegas usaram outro telescópio (Nustar) para analisar os dados dos buracos negros captados pelo Wise e apresentaram os dados em um artigo que será publicado na revista científica Astrophysical Journal. Outros dois estudos detalham galáxias com temperaturas extremamente altas e com brilho intenso, que até recentemente não conseguiam ser detectadas. O termo em inglês para essas galáxias é "hot dust-obscured galaxies", ou hot-Dogs (que também significa "cachorro-quente", em inglês).
Mais de mil galáxias já descobertas são mais de cem vezes mais brilhantes que o Sol da Via Láctea. Os dados da missão Wise estão sendo disponibilizados ao público, para que todos os cientistas possam contribuir nas pesquisas espaciais.
Esta ilustração feita por um artista mostra um buraco negro se 'alimentando' de gás e poeira - (Fonte: Nasa).
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