terça-feira, 14 de agosto de 2012

Dando a mão à palmatória (parcialmente)

No início das Olimpíadas fiz uma postagem, em que desancava alguns dos esportes em que competíamos, diante do início pouco animador da nossa participação. Só errei feio -- felizmente! -- com o vôlei feminino, que se superou, botou p'ra quebrar e deixou as americanas arrasadas e com cara de Gugu Liberato. Dou minha mão à palmatória, com o maior prazer e enorme felicidade, e peço sinceras desculpas às nossas guerreiras e ao técnico José Roberto Guimarães!

No mais, infelizmente me dei razoavelmente bem como vidente. O vôlei masculino amarelou mais que o uniforme -- o nosso Comitê Olímpico e as nossas confederações de esportes coletivos já deveriam ter sacado há muitíssimo tempo que o amarelo das nossas camisas, blusas e o que mais seja, contamina o cérebro e todo o sistema nervoso central de nossos(as) jogadores(as). No vôlei masculino, fiquei com a nítida impressão de que, depois dos 2x0, nossos jogadores jogavam com fraldões para poupar os espectadores de perceberem o que se passava com eles. Como diria o saudoso Nelson Rodrigues, o Inexplicável de Almeida baixou na quadra brasileira. É uma pena, mas parece que a era Bernardinho se foi.

Os dois futebois fracassaram, outra vez, mas o masculino é um caso solenemente à parte. O governo deveria retirar nosso futebol de marmanjos de qualquer competição internacional por 10 anos, e parar de gastar tanto dinheiro sem retorno com um bando de frouxos irresponsáveis e com técnicos medíocres. É uma estupidez gastarmos a exorbitância que gastamos com um bando de incompetentes desfibrados, mercenários (incluindo o técnico), que fazem turnês turísticas caríssimas mundo afora às nossas custas e nos deixam na 13ª posição no ranking da FIFA, a pior da história do nosso futebol. Ô Dilma, fecha esse circo, pô!!

O futebol feminino, não é de hoje, mostra um enorme despreparo psicológico na hora de decidir, mas o caso delas é praticamente o oposto do caso dos marmanjos frouxos. São jogadoras com infraestrutura capenga, que não recebem em instalações, assistência geral e remuneração (nem sei se todas ganham realmente algo, fora a Marta -- que também teve um desempenho pífio) nem um milésimo do grupo circence "Mano Menezes e seus 11 anões". Mas, o apagão da Marta, vixe Maria!

Cielo é mais um caso de divã no esporte brasileiro -- se não abrir rapidinho os olhos, mais rápido do que nadava antes de Londres, acabará internado num hospital-creche como "o bebê chorão que já foi o mais rápido do mundo".

No mais, é esperar por 2016, 2020, 2024, ...


5 comentários:

  1. Bem... não é tão grave! Os comentários feitos anteriormente correspondiam a uma época sombria para o vôlei feminino, quando elas pareciam estar desabando. Mas, no sábado de glória, elas se recompuseram e tornaram-se nossas cracks-heroínas (quê?!). Em resumo, operaram um milagre dos tempos modernos, milagre merecido e operado por elas mesmas e pelo treinador José Roberto Guimarães (grande cara). De resto, a manhã de domingo foi arruinada pelo futebol medíocre de um time com atuação condenável. A tarde ficou devastada por um ato de bruxaria que nem consigo comentar.

    Esperar por 2016? Os donos da casa faturaram 65 medalhas (29 de ouro), enquanto que os futuros anfitriões faturaram 17 medalhas (3 de ouro). Quem acha que esse quadro pode ser modificado drasticamente em 4 anos, sonha pesado. Meu vaticínio para 2016 é de 20 medalhas, no máximo.
    Nem Dudu Paes Maluco espera muito mais!

    Gosto de todos os esportes, mas daí a viver contente e conformado num país mono-desportista vai grande distância.

    ResponderExcluir
  2. Caro Cidadão,

    Permita-me discordar do amigo em relação ao volei masculino. O grande culpado foi o técnico Bernardinho, que enviou para a quadra um sinal de que o jogo já estava ganho. Tal fato "acordou" os russos e "desarmou" nosso time. Senão vejamos, 2 x 0 Brasil, 23 x 21 e saque a nosso favor. Bastava sacar, marcar o 24 ponto e depois liquidar um time batido em quadra. Contudo, o "professor" quis agradar um amigo e "justificar" sua convocação, parando o jogo, e botando na quadra para sacar o velho GIBA, enviando o tal sinal = "agora é festa, o ouro é nosso", e deu no que deu.

    Forte abraço.

    ResponderExcluir
  3. Como me lembrou o amigo Steele, me esqueci injustamente da seleção de basquete masculino, que depois de 16 anos fora de Olimpíadas retornou em Londres em grande estilo, ficando em 5° lugar em Londres e, novamente entre as Top 10, em 9° na classificação da Fiba. Me esqueci também do boxe e do handebol feminino na contagem das gratas surpresas, e do basquete feminino no ranking das amareladas.

    Quanto ao vôlei masculino, concordo apenas em parte com o caro amigo Klaudius. Botar o Giba foi uma burrice estratosférica do Bernardinho, mas uma seleção de guerreiros briosos não perderia três sets e a medalha de ouro numa enfiada só.

    ResponderExcluir
  4. Amigos diversos listados acima:

    Não sou especialista em esportes para fazer uma análise da participação de cada uma das nossas seleções.
    Entretanto, principalmente no futebol, o que nos falta é o ESPIRITO DE EQUIPE.
    E isso não significa simplesmnte a disposição de cada participante de nossas seleções de fazer parte de um time.
    O conceito é um pouco mais profundo que o de time : é o conceito de TEAM, aí incluido o conceito de equipe (todos com um objetivo comum - ganhar) do que aquilo que se observa, e vai ser observado por muitos anos, que é tentar construir uma equipe, mas não um TEAM, só com valores individuais.
    Pode-se dizer que tais decisões não passam pelos nossos atletas do basquete, do volei ou do futebol feminino. Não sei.
    Oficialmente, não vejo incentivos para que se disponha em nosso país de verdadeiros TEAMS, ao invés de uma cata-a-cata para formar uma seleção dentro do calendário de apresentação das representações esportivas.
    Isso vale para aquilo que é considerado o meçhor esporte barsileiro: o FUTEBOL.
    A cada convocação de nossa seleção, aparecem jogadores diferentes que só jogam juntos por pouco tempo. Não há técnico que consiga fazer desse cata-a-cata um TEAM. São diversas ESTRELAS, mas de resultados pífios, e assim será para a próxima copa aqui na terrinha. Temos saída? sim, temos. CONVOCAR, para o futebol, cerca de uns trinta ou quarenta bons jogadores, NÃO ESTRELAS, e os treinar pelos QUATRO ANOS que faltam. Nada de trazer as ditas "estrelas" que já estão jogando lá fora.
    Isso formaria um TEAM, desde que fossem mantidos juntos, sob o trabalho de um técnico competente, pelos anos que nos faltam para a Copa.

    Abraços - Sergio LEVY

    ResponderExcluir
  5. Em tempo: Não fiz o que deveria ter feito, mas o faço agora, reverenciando vivamente todos os atletas brasileiros que participaram dos JO2012, com ou sem medalhas. Gente dedicada e séria que honrou o país.
    Coisa rara.

    ResponderExcluir