Cientistas da Universidade
de Cornell, nos Estados Unidos, criaram uma vacina que bloqueia a ação da nicotina no organismo. No experimento, por enquanto testado em
camundongos, o indivíduo vacinado recebe anticorpos que o impedem de
sentir prazer ao fumar, já que eles bloqueariam a entrada da nicotina no
cérebro. As informações são do Daily Mail.
Durante a investigação, os ratos vacinados receberam doses de nicotina,
porém, os anticorpos impediram que 85% delas chegassem ao cérebro, sem
que houvesse prejuízos comportamentais. Uma das intenções da pesquisas é evitar o surgimento de novos fumantes, principalmente os mais jovens.
Irma de Godoy, pneumologista da Universidade Estadual Paulista
(Unesp), em Botucatu, diz que ainda não é possível afirmar que a
eficiência da descoberta, já que não garante que a quantidade de
anticorpos produzidos seja suficiente para impedir a chegada da
nicotina ao cérebro. “Na verdade, a nicotina não é só dependência física, mas é também
comportamental. Não se pode garantir que a pessoa vá parar de fumar só
por isso. O tratamento tem que ter outras abordagens associadas”,
completa a especialista brasileira.
A pesquisa está em estágio inicial e deve demorar ao menos 5 anos para chegar ao mercado.
[No comunicado da Universidade de Cornell sobre o assunto, o chefe da pesquisa da nova vacina, Dr. Ronald G. Crystal, professor de Medicina Genética no Weil Cornell Medical College, comenta que as vacinas anteriores já testadas falharam em experiências clínicas porque todas elas produziam anticorpos de nicotina diretamente, que duravam poucas semanas e exigiam injeções repetidas e caras. Além disso, esse tipo de vacina não prática e passiva teve resultados inconsistentes, talvez porque a dose precisasse ser diferente para cada pessoa, especialmente se ela começava a fumar novamente.]
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