Apenas 5 horas depois de ter sido colocada em operação, foi paralizada a central de descontaminação de águas radioativas construída na usina nuclear de Fukushima Daiichi por causa do nível muito elevado de radiações, informou no dia 18 deste o operador dessa usina. Como se sabe, a usina de Fukushima foi seriamente danificada depois do terremoto e do tsunami que atingiram o nordeste do Japão no dia 11 de março deste ano.
Peças do sistema que absorvem o césio radioativo tiveram que ser trocadas muito antes do previsto devido ao nível muito elevado de radiação, informou a Tokyo Electric Power (Tepco), responsável pela usina -- a empresa não definiu quando as instalações de descontaminação serão religadas. "Ainda estudamos a causa" desse nível muito elevado de radiação, disse Junichi Matsumoto, responsável por operações nucleares na Tepco. Segundo a empresa, as hipóteses são de que lama radioativa entrou no sistema de retratamento ou as águas tratadas são mais radioativas do que a Tepco imaginava inicialmente.
Cerca de 100.000 toneladas de água altamente reativa se acumularam nos prédios dos reatores e das turbinas de Fukushima depois das catástrofes de 11 de março. Os efluentes resultantes impedem os operadores de entrar nas instalações para reativar os circuitos de resfriamento do combustível nuclear. A usina de descontaminação deveria ser capaz de tratar 50 toneladas de efluentes por hora, ou seja 1.200 toneladas por dia, reduzindo a contaminação de 1.000 a 10.000 vezes. A operação de descontaminação de Fukushima Daiichi está baseada em procedimentos do grupo nuclear francês Areva e da empresa americana Kurion.
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