O The Washington Post publicou ontem artigo, relatando conclusões de pesquisadores apresentadas ontem segundo as quais mulheres com alto risco de ter câncer de mama poderiam reduzir o risco de contrair essa doença tomando um remédio bloqueador de hormônio, usado correntemente para tratar a doença ou impedir sua reincidência.
Um estudo internacional envolvendo mais de 4.500 mulheres, longamente esperado, concluiu que um composto conhecido como inibidor de aromatase -- a aromatase é uma enzima responsável por uma etapa vital na biossíntese de estrogênios; como os estrogênios produzem certos tipos de câncer e outras doenças, inibidores de aromatase são frequentemente utilizados para tratar essas doenças -- reduzem em 65% o risco de câncer de mama em mulheres que, por alguma razão, têm predisposição para essa doença, como por exemplo por risco genético, por ter um parente que teve a doença, ou por ter mais de 60 anos.
Os resultados alcançados no estudo marcam um avanço rumo ao difícil objetivo de oferecer às mulheres o primeiro modo seguro de protegê-las contra um um câncer que lidera os índices de óbitos femininos. Há muito as mulheres têm a possibilidade de tomar um tipo antigo de medicamento antiestrogênio para reduzir o risco dessa enfermidade, mas poucas o fazem por receio de seus efeitos colaterais, que incluem câncer uterino e o aparecimento de coágulos potencialmente fatais. Muitos especialistas tinham a esperança de que os inibidores de aromatase forneceriam uma alternativa de tratamento mais segura e mais aceitável -- o estudo citado é o primeiro em que um inibidor desse tipo foi testado.
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