Lagarde, de 55 anos, uma advogada bem conceituada por sua perspicácia política, assume uma instituição que está no centro das discussões da crise na Grécia. É preciso também "curar as feridas internas", disse ela em seu comunicado público ao comitê executivo, depois da prisão de seu antecessor Dominique Strauss-Khan por denúncia de crime sexual em Nova Iorque. O suspense que havia sobre a sucessão no FMI desapareceu quando os EUA anunciaram seu apoio a Lagarde nesta terça-feira.
Lagarde desempenhou, como representante do governo francês, um papel central na montagem da rodada inicial de planos para ajudar a Grécia. Agora, como chefe do FMI, ela estará renegociando boa parte dessa ajuda. O Fundo está desempenhando um papel cada vez mais vital na gestão da crise econômica mundial, com dezenas de bilhões de dólares em empréstimos pendentes e linhas de crédito de suporte disponíveis para manter países fora de problemas.
O governo mexicano, através de sua chancelaria, felicitou Lagarde por sua escolha e agradeceu as manifestações formais de apoio recebidas por Agustín Carstens, presidente do Banco Central mexicano e adversário de Lagarde na disputa pelo FMI. Na análise do resultado, o jornal mexicano El Universal menciona que, além do respaldo dos EUA e dos países europeus, Lagarde contou com o apoio de potências emergentes importantes como Brasil e China. Embora numeroso, o apoio recebido por Carstens não foi suficiente para elegê-lo -- votaram com ele México, Espanha, Cingapura, Canadá, Argentina, Colômbia, Belize, Bolívia, Honduras, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Christine Lagarde, a nova comandante do FMI (Reuters/HO).
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