domingo, 26 de junho de 2011

Sarkozy critica as reclamações dos EUA sobre Líbia e OTAN

O presidente francês Nicolas Sarkozy atacou, na sexta-feira, o compromisso dos EUA com os esforços da OTAN na Líbia, afirmando que a Europa está arcando com a maior carga desses esforços, apesar das reclamações dos EUA em contrário. Seus comentários ocorreram no mesmo dia em que os deputados americanos quase cortaram os recursos financeiros para a guerra na Líbia (mas negaram autoridade a Obama para fazer essa guerra) e no final de uma semana de divisão política sobre o futuro dessa ação da OTAN, que está se prolongando por muito mais tempo do que muitos políticos esperavam.

Sarkozy disse que a França e a Grã-Bretanha são os principais contribuintes para o esforço de acabar com o regime de Gadhafi, e prometeu manter a pressão enquanto Gadhafi estiver no poder. Ele também condenou a noção de que há dúvida sobre o futuro da OTAN porque a Europa está relutante em destinar recursos para os seus militares, algo dito pelo Secretário de Estado americano (que irá deixar o cargo) Robert M. Gates em um discurso este mês. "Não sou da opinião de que o grosso do trabalho na Líbia esteja sendo feito pelos nossos amigos americanos", disse Sarkozy a jornalistas em um encontro da União Europeia em Bruxelas. "Temos que continuar até que Gadhafi saia", acrescentou. Com relação a Gates, Sarkozy disse que seus comentários sobre o poderio militar europeu -- ou a falta dele -- foram "injustos" e resultantes de "um pouco de mágoa".
O presidente francês Nicolas Sarkozy disse que a Europa está arcando com a maior parte do ônus do esforço militar na Líbia (Foto: Philippe Wojazer/Reuters).

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