[Está na moda nos embalos da rapaziada o consumo das chamadas bebidas energéticas (ou energéticos), isoladamente ou combinadas com bebidas alcoólicas. Quando ingeridos em excesso e indiscriminadamente, os energéticos podem
trazer efeitos colaterais sérios. "A bebida traz possíveis efeitos
colaterais como insônia, e aumento da freqüência cardíaca e diurética",
comenta Renata Mendes, nutricionista e especialista em nutrição esportiva. Quando combinado com bebida alcoólica, o energético pode ter efeito explosivo. A reportagem abaixo aborda uma investigação em curso nos EUA sobre 5 mortes envolvendo o consumo de energéticos.]
A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, sigla em
inglês) investiga cinco mortes e um ataque cardíaco [sem morte] possivelmente
ligados ao consumo de bebidas energéticas Monster Energy, indicou uma
porta-voz do organismo nesta terça-feira (23/10).
"Posso confirmar que a FDA recebeu cinco relatórios de efeitos adversos
de morte e um de ataque cardíaco possivelmente associados à bebida
Monster Energy", indicou Shelly Burgess, porta-voz da agência, em uma mensagem de correio
eletrônico. Burgess advertiu que esses relatórios "servem como um sinal à FDA e não
provam uma relação de causalidade entre um produto ou ingrediente e um
efeito adverso". No entanto, indicou que esses casos são levados a sério
e investigados com cuidado pela agência, que regula as indústrias
alimentícia e de medicamentos.
A porta-voz pediu que os consumidores que sofreram algum efeito adverso
com uma bebida energética notifiquem os fabricantes, que são obrigados a
informar a FDA em um prazo de 15 dias.
[Um dos casos fatais, entre os citados acima, envolve uma garota de 14 anos de Maryland, que morreu de parada cardíaca em dezembro passado depois de, durante dois dias consecutivos, bebeber latas grandes de Monster Energy.
Não bastassem as bebidas alcoólicas, cujas propagandas bombardeiam os jovens diariamente em todas as mídias, surgem essas bebidas energéticas que são também perigosas quando ingeridas em excesso. Deve ser extremamente preocupante ser pai de um adolescente hoje em dia, em particular no Brasil, onde o governo oscila entre a omissão e a conveniência no tocante ao consumo de álcool em geral e, especialmente, entre os jovens. O governo Dilma, por exemplo, já deixou claro que prefere remediar do que prevenir, já que a indústria de bebidas alcoólicas -- a cervejeira em particular -- é uma fonte enorme de receita tributária. No mês passado, seguindo seu figurino do consumismo, Dª Dilma optou por estimular o consumo de cerveja (arrecadar mais com o aumento de consumo) -- ela não se preocupa com o fato de que sejam os jovens seus grandes consumidores, seu netinho ainda engatinha -- adiando para depois do Carnaval o aumento da tributação sobre o setor. Fiz recentemente uma postagem com dados assustadores sobre o estímulo ao consumo de álcool pelos jovens.
Nesse jogo do perde-perde, engordam-se as estatísticas de acidentes de trânsito por embriaguez, envolvendo expressivamente também os jovens, está se criando uma geração de cidadãos álcool-dependentes, o governo não só é omisso, mas também cúmplice, e uma sociedade impressionantemente passiva não faz absolutamente nada -- pelo menos em termos sistemáticos e coordenados -- para acabar com esse estado de coisas, ou minimizá-lo ao máximo.]
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