Uma empresa chinesa está processando o presidente Obama por bloquear uma negociação para que ela construa parques eólicos em terrenos adjacentes a um local militar americano no Oregon. O presidente alegou questões de segurança quando interveio na semana passada para impedir que a Ralls Corp instalasse geradores eólicos próximas ao local, que aparentemente é utilizado pela Marinha para testar veículos não tripulados.
A Ralls, que é registrada em Delaware mas é de propriedade de dois executivos do Grupo Sany, o maior fabricante chinês de máquinas de engenharia, diz que o bloqueio é "ilegal". Especialistas jurídicos dizem que essa ação penal tem pouca chance de êxito. Presidente Obama tem amplos poderes no que se refere à segurança nacional, e emitiu sua decisão com base em recomendação de órgão de seu governo, o Comitê sobre Investimentos Estrangeiros nos EUA.
Mas, o timing da controvérsia é pertinente, já que as relações EUA - China são um tema da eleição presidencial. O candidato republicano, Mitt Romney, frequentemente acusa Pequim de manipular sua moeda para manter baratas as importações, e argumenta que Obama não é duro com os chineses.
A agêncial estatal chinesa de notícias, Xinhua, alega que a atitude contra o Grupo Sany foi uma manobra pré-eleitoral cínica, e acusa Obama de "golpear a China para cortejar a classe operária americana".
A Casa Branca raramente bloqueia investimentos estrangeiros, embora em 2006 a aquisição de vários portos americanos pela Dubai Ports World, uma empresa sediada nos Emirados Árabes Unidos, tenha provocado um debate muito difundido. Na época, o presidente Bush apoiou o negócio com base nos princípios do livre comércio. No final, a Dubai Ports World concordou em vender seus ativos americanos para a malfadada gigante financeira AIG [a maior seguradora americana, seriamente afetada pela crise financeira de 2008 nos EUA].
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