[Por mais de uma vez já critiquei as posições esdrúxulas, inexplicáveis e inaceitáveis do Brasil no cenário internacional. Assim fiz, reclamando da política externa subserviente e contrária aos nossos interesses praticada por Lula (o Nosso Pinóquio Acrobata - NPA), o PT e Dilma em nossas relação aos nossos vizinhos sul-americanos, fronteiriços ou não. Também o fiz quando a Bolívia fez molecagem com empresas brasileiras e o Itamaraty (leia-se NPA e Dilma) engoliu toda a saparia boliviana. Reclamei da "quantidade" de Itamaratys que temos, já que não há coerência em nossas atitudes externas, citando os casos da Síria e do Paraguai -- no caso da Síria, já havia antes protestado contra a posição brasileira. Denunciei a atitude lesa-pátria arquitetada pelo Itamaraty e encampada pela nossa ex-guerrilheira, cedendo a mais uma chantagem paraguaia em relação à binacional Itaipu e violentando o Tratado de Itaipu.
Essas coisas acontecem por uma péssima conjunção de fatores: i) a obsessão do Itamaraty em instalar e manter azeitada uma dobradiça em nossa coluna vertebral no relacionamento com os países sul-americanos (dos quais 11 em 12 têm fronteiras físicas conosco); - ii) a ignorância crassa do NPA e do PT também em política externa, emblematicamente configurada na situação única no mundo de termos dois chanceleres -- um genérico (Antonio Patriota) e um para assuntos da esquerda caviar (Marco Aurélio Garcia) -- prática canhestra que Dª Dilma manteve, mostrando que está no mesmo patamar do NPA e do PT nesse quesito; - iii) a errática e recorrentemente bisonha assessoria que o Itamaraty presta à Presidência da República e ao país em política externa, também fora da América do Sul, expondo-nos ao ridículo em várias oportunidades até por sabotar nosso próprio pleito de ter assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Agora, na assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, em espanhol) que se realiza em São Paulo, um visitante de peso encontrou o termo exato para sintetizar nossa pequenez em política externa, chamando-nos de "anão diplomático", conforme reportagem a seguir publicada hoje no Globo. É duro, mas é verdade. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]
Ex-chanceler
do México de 2000 a 2003, o acadêmico Jorge Castañeda afirma que, no
Brasil, instituições democráticas e meios de comunicação sólidos
garantem a liberdade de imprensa, diferentemente do que ocorre no
Equador e na Venezuela. Em entrevista ao GLOBO, Castañeda criticou o
Brasil pela falta de protagonismo internacional e por apoiar Hugo Chávez
e Rafael Correa na oposição à Corte Interamericana de Direitos Humanos
da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O
senhor diz que a imprensa na América Latina é mais livre hoje, que há
30 anos, mas que em alguns países a liberdade está em risco. Quais são?
Há
um país que não está em risco porque a liberdade não existe, que é
Cuba. E há dois ou três países que, havendo a liberdade de imprensa, há
menos que antes, como Equador e Venezuela. E alguns dizem que a
Argentina também, mas não estou seguro disso. Há avanços enormes em
países grandes e retrocesso em países medianos e pequenos.
O Brasil faz parte desses países que têm desejos de cercear a liberdade ou estamos seguros?
Seguro nunca se está, mas a força dos meios e das instituições no Brasil não permitiria nunca que houvesse um retrocesso.
O senhor diz que o Brasil é um “anão diplomático”. Por quê?
Oops, cometi um erro quantitativo pelo qual me desculpo com meus leitores! São 10 e não 11 os países limítrofes com o Brasil, como bem me lembrou meu amigo Levy, a quem agradeço.
ResponderExcluirAbs,
Vasco
Vasco,
ResponderExcluirSeu coração vai ter que aguentar agora a "paz" a ser celebrada pelo Patriotra entre Israel e Palestina.
Agenor