quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Kodak pode ser excluída da Bolsa de Nova Iorque

É impressionante observar como um uma empresa que foi líder de mercado na era do filme fotográfico foi varrida desse mercado pelo avanço tecnológico no campo da fotografia! É o que nos conta a notícia abaixo, publicada hoje no blogue Link do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eastman Kodak pode ser excluída da Bolsa de Nova York caso não consiga alcançar um aumento no valor de suas ações no prazo de seis meses, no mais recente revés para a companhia, que já foi líder no segmento fotográfico e considerada como ação de primeira linha.  A empresa, cujas ações caíram em mais de 80% em 2011, recebeu um alerta da Bolsa de Nova York, em que foi notificada que há mais de 30 dias consecutivos suas ações tinham cotação inferior a US$ 1. As ações, que em 1997 eram cotadas na casa dos US$ 90, fecharam a US$ 0,76 na sexta-feira.

A Kodak informou em comunicado que pode não ser capaz de cumprir os requisitos da Bolsa de Nova York para que suas ações continuem a ser negociadas em pregão “dados os desafios de liquidez que a companhia enfrenta e a recente experiência de mercado de nossos títulos cotados em bolsa”.  A fim de manter suas ações na bolsa, a Kodak tem seis meses para obter um preço de fechamento da ordem de, pelo menos, US$ 1 no último dia útil de qualquer mês, e preço médio de ao menos US$ 1 nos 30 dias úteis de operação anteriores.

Um porta-voz da Kodak disse não ter comentários adicionais, na terça-feira, limitando-se a confirmar o comunicado.

A gigante da fotografia, que contava com reservas de caixa de US$ 862 milhões no final de setembro, ou US$ 1,4 bilhão a menos que no ano anterior, alertou em novembro que poderia não sobreviver até o final de 2012 se não conseguisse colocar US$ 500 milhões em novos títulos de dívida ou vender patentes.  No final de dezembro, a companhia anunciou a saída de três conselheiros, entre os quais, dois representantes do fundo de capital privado KKR & Co e um professor da Universidade da Califórnia, o que levou alguns especialistas do setor a especular sobre a possibilidade de uma concordata.

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