[O jornal inglês The Guardian é mais específico e detalhado que a Folha de S. Paulo e não coincide com o que diz o Globo, o que é estranho e não deveria acontecer. Segundo o The Guardian, o airbag do carona (passageiro do banco da frente) pode ter sido instalado com "componentes fabricados inadequadamente", significando que no caso de uma colisão ou acidente o airbag poderia não inflar completamente ou então romper-se, segundo um porta-voz da Toyota no Reino Unido (RU). Pergunta inocente: tendo em vista que no RU a posição do carona é invertida com a nossa, isso significaria que nos países que não adotam a posição inglesa do volante -- como o Brasil -- o defeito seria no airbag do motorista? Já o Globo informa que "em um acidente, o airbag no banco do passageiro da frente pode não inflar corretamente, devido a um problema com o propelente usado no dispositivo, disseram as empresas".
O jornal inglês informou que montadoras afetadas prometeram que iriam escrever para seus clientes, e que consertariam os airbags de graça, numa operação que levaria de 60 a 90 minutos. Fico curioso para saber como isso se fará no Brasil.]
Brasil
Segundo a Toyota, que fará a revisão global em 1,73 milhão de veículos, carros comercializados no Brasil serão afetados. O recall mundial inclui os modelos Corolla e Camry fabricados entre novembro de 2000 e março de 2004. No Brasil, a ação não envolverá unidades do Camry. A Toyota não informou quando o recall no país será aberto, nem quantas unidades vendidas estão envolvidas.
A Honda fará a revisão mundial em 1,14 milhão de carros --que incluem o Civic 2001-2003 e o CR-V 2002-- e a Nissan em 480 mil, incluindo o Maxima. No entanto, as unidades das montadoras no Brasil ainda avaliam se o recall afetará seus carros vendidos no país. Já a Mazda está convocando 45.500 veículos no mundo, mas afirmou que não comercializa carros no Brasil desde 2000.
O Corolla 2003, envolvido no recall mundial de 1,73 milhão de veículos da Toyota - (Foto: Divulgação).
Notificação
O Ministério da Justiça informou que as montadoras foram notificadas
pela Secretaria Nacional do Consumidor da pasta para apresentar, de
forma imediata, comunicado relativo ao recall. Segundo o ministério, o Código de Defesa do Consumidor estipula que,
quando o fornecedor tem conhecimento da existência de defeito após a
colocação do produto no mercado, é sua obrigação comunicar o fato
imediatamente às autoridades e aos consumidores.
Segurança
Toyota, Honda e Nissan disseram não terem recebido relatos de ferimentos
ou mortes causadas pelos airbags defeituosos, que foram produzidos
entre 2000 e 2002 em uma fábrica da Takata no México.
A Takata fornece airbags e cintos de segurança para montadoras incluindo Daimler e Ford, além das marcas japonesas.
Para analistas, a escala das recentes ações de segurança ressalta o
risco de problemas na enorme cadeia de fornecimento global das
montadoras, conforme os fabricantes de veículos dependem cada vez mais
de um punhado de fornecedores de peças comuns ou semelhantes para cortar
custos.
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