[Se alguém tinha ainda alguma dúvida quanto à força do lobby da indústria farmacêutica internacional no Brasil certamente não a tem mais, com a notícia de hoje no Globo sobre o comportamento do governo da terna Dona Dilma em relação ao uso do medicamento Glivec, da Novartis. Indicado no tratamento de Leucemia Mielóide Crônica (LMC), o Glivec é caríssimo, podendo chegar no Brasil a R$ 12.565,00 a caixa com 30 comprimidos (na dosagem de 400 mg).
No caso do Glivec, a sempre sorridente Dona Dilma mostrou que só joga duro e pesado contra adversários merrecas do país, na hora de endurecer com uma empresa farmacêutica multinacional ela refuga. No mesmíssimo dia em que a Suprema Corte da Índia rejeitou o apelo da Novartis AG pela proteção da patente do Glivec, mostrando independência e coragem, o Ministério da Saúde da nossa supersimpática ex-guerrilheira faz acordo com o laboratório e começa a distribuir, através do SUS, esse remédio a preços subsidiados. A frouxidão da seletivamente "durona" Dona Dilma vai nos custar caro. No caso do Glivec 400 mg, o comprimido sai por R$ 419,00 na caixa a R$ 12.565,00 e a R$ 333,33 na caixa a R$ 10.000 -- o governo irá distribuí-lo a R$ 82,40, subsidiando o laboratório em pelo menos R$ 251,00 por comprimido com dinheiro do contribuinte. Reproduzo a seguir a notícia de hoje do Globo.]
No mesmo dia em que a Suprema Corte da Índia rejeitou o apelo da
Novartis AG pela proteção da patente de seu medicamento de combate ao
câncer Glivec, no Brasil o Ministério da Saúde começa, através do SUS,a
distribuir o medicamento na rede pública a preços subsidiados.
Indicado para o tratamento de Leucemia Mielóide Crônica (LMC), o Glivec,
fabricado no Brasil pelo laboratório Novartis, é consumido por cerca de
7,7 mil pessoas no País. O medicamento é apresentado em versões de
100mg e 400mg e nas farmácias e drogarias chega a custar cerca de R$ 10
mil a caixa com 30 comprimidos na versão de 400mg.
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