sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

ANEEL quer baixar em 6% a tarifa residencial da Ampla

[A notícia abaixo foi publicada ontem, 30/01, no jornal O Fluminense.]

Agência Nacional de Energia Elétrica apresenta proposta de diminuição tarifária para consumidores residenciais da concessionária Ampla. Indústria teria acréscimo de 7,72%.

Os consumidores residenciais da concessionária Ampla poderão ter redução de tarifa de energia elétrica de até 6,51% a partir do dia 15 de março. A proposta de redução tarifária para os 2,5 milhões de unidades consumidoras da distribuidora, em 66 municípios em todo o estado, foi discutida nesta quinta-feira, em Niterói, durante sessão presencial realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A sessão de ontem, em que também foram discutidos os índices de qualidade para os próximos anos, reuniu cerca de 60 pessoas entre participantes e expositores, e é uma das etapas da audiência pública aberta pela agência com o objetivo de debater a revisão das tarifas da concessionária.

Segundo informações da Aneel, os valores submetidos à audiência consistem em uma proposta preliminar de redução de 6,51% na conta dos consumidores residenciais (B1) da Ampla, com a proposta média para o reajuste dos consumidores de baixa tensão (incluídos pequenos consumidores do comércio) ficando em -5,12%.

Para as indústrias, no entanto, a proposta discutida pela Aneel é um acréscimo médio de 7,72%. Os índices finais serão conhecidos somente a partir de 15 de março, quando o assunto será deliberado pela diretoria da agência em reunião pública ordinária. Segundo a Aneel, a proposta de efeito médio para todos os consumidores (aí incluídos consumidores residenciais, comerciais e industriais de alta e baixa tensão) será uma redução de 1,31%. A Aneel esclareceu que a revisão tarifária está prevista nos contratos de concessão e visa ao equilíbrio das tarifas.

Torcida – Para os consumidores, a negociação está sendo positiva, já que eles acreditam que a redução da tarifa irá compensar os problemas decorrentes da prestação de serviço. A professora Raquel Vaz, de 42 anos, que mora em Santa Rosa, acredita que a aprovação será um ganho nas economias da casa. “Hoje pago, em média, R$ 230 por mês de conta. Com a redução, minha despesa diminuiria R$ 15 por mês e, no ano, eu já terei economizado R$ 180”, calcula a professora.

Revisão – A concessionária Ampla também participou do encontro e afirmou que a revisão tarifária é realizada a cada cinco anos e tem o objetivo de redefinir o equilíbrio econômico-financeiro da distribuidora e repassar para os clientes os ganhos de produtividade da empresa no período. 

Por meio de nota, a Ampla informou que “Durante a audiência pública, a companhia detalhou os investimentos realizados nos últimos cinco anos, de cerca de R$ 2 bilhões, e os esforços para o combate ao furto de energia na sua área de concessão”.

Os interessados em participar da audiência pela via documental podem encaminhar contribuições até hoje para o e-mail: ap131_2013rv@aneel.gov.br, com o tema revisão tarifária.

O Brasil nas charges


Chico Caruso - O Globo, 30/01/14


Tiago Recchia - Gazeta do Povo (29/01/14)



Moesio/Fumor Político - 28/01/14


Dilma diz que não usa cartão corporativo ... - Regi/Amazonas em Tempo/humorpolitico.com.br 


Paixão - Gazeta do Povo



Miguel/Editoria de Arte/Jornal do Commercio - 29/01/14



Miguel/Editoria de Arte/Jornal do Commercio - 26/01/14


Tiago Recchia - Gazeta do Povo, 30/01/14



Dilmavision - Mario Alberto - 30/01/14



Só com reza forte - Mario Alberto - 06/12/13



Comitê organizador da Copa 2014 - SebastiãoMarques



A porca Brasil - Sebastião Marques



Congresso Nacional- Sebastião Marques


Tiago Recchia - Gazeta do Povo, 15/01/14

Bruno Galvão - (humorpolitico.com.br)



Vida de gado ... - Renato Machado (Extra/Humor Político - 26/01/14)

Clique em cada imagem se quiser ampliá-la.


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Corruptômetro (III)

[A campanha da petralhada pró-corrupção e a favor da pilantragem e da safanagem irrestritas na política continua dando show, demonstrando inequivocamente que marzinho de lama malcheiroso é a praia preferida dessa gentalha. Pocilga é o habitat natural dessa curriola. Ver postagens anteriores: Corruptômetro (I) e Corruptômetro (II). Reproduzo abaixo a notícia de hoje do Globo.]

Em nove dias, Delúbio arrecada R$ 1 milhão para pagar multa do mensalão


Site para angariar os R$ 466.888,90 que Delúbio Soares tem de pagar no processo do mensalão - (Foto: Reprodução/Internet/O Globo).


Em nove dias, a campanha para arrecadar recursos para pagar a multa aplicada a Delúbio Soares no julgamento do mensalão conseguiu arrecadar mais que o dobro do que tem de ser pago. Nesta quinta-feira, o site da campanha divulgou que foram doados R$ 1,013 milhão, para pagar a multa de R$ 466.888,90 que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o ex-tesoureiro do PT pague até amanhã. De acordo com o site, o valor restante - cerca de R$ 546 mil - será repassado para arcar com a multa do deputado João Paulo Cunha e do ex-ministro José Dirceu.

Mais da metade do total de doações entrou na conta entre ontem e hoje. Na noite de quarta-feira, o site apontava que havia arrecadado R$ 415.390,86. Em texto publicado hoje na página, os autores da campanha agradecem as doações.

“Ao expressarmos imensa gratidão aos milhares de doadores, muitos inclusive sem filiação partidária e movidos apenas pela indignação e o sentimento de solidariedade, convocamos para as novas jornadas em favor de José Dirceu e João Paulo Cunha. E o valor excedente de nossa campanha, descontados os tributos, será doado a esses companheiros, visando o pagamento de suas injustas e exorbitantes multas”, afirmam.  Eles destacam que o trabalho de mobilização feito nas redes sociais, entre os militantes petistas e de partidos de esquerda, movimentos sindicais e entre amigos resultou no sucesso da campanha.

Dirceu foi condenado a pagar uma multa de R$ 676 mil (em valores da época) pelo crime de corrupção ativa. Já João Paulo Cunha foi multado em R$ 370 mil (também em valores da época) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Ele ainda tem um recurso a ser analisado e que pode levar à absolvição pelo crime de lavagem. Nesse caso, a multa seria reduzida para R$ 250 mil. Os valores ainda precisam ser corrigidos, tarefa que cabe ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).


A família do ex-deputado José Genoino afirmou ontem que doaria R$ 30 mil para a campanha do o ex-tesoureiro do PT. A família de Genoíno conseguiu, em dez dias, R$ 761.962,60. São R$ 94.448,68 a mais do que o valor necessário para arcar com a multa definida pelo STF.

Azul estuda voos para o exterior

[A notícia abaixo foi publicada ontem no blogue de Marina Gazzoni, do jornal Estadão. A Azul começou a operar em dezembro de 2008, e cinco anos depois é a terceira maior empresa aérea do país, com praticamente 18% do mercado. Com a fusão com a Trip, conta com 126 aeronaves. É a única empresa aérea do país com frota de aviões da Embraer (74 aeronaves,  com um pedido de mais 15 aviões e opção para outros 20).  Por pressão da TAM e da Gol, e a conivência da Anac e da Infraero, ela foi impedida de instalar seu centro de operações em Guarulhos ou Congonhas, o que a obrigou a a instalá-lo em Campinas (Viracopos), o que encarece seus custos operacionais. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]

A companhia aérea Azul está se preparando para operar voos internacionais e comprar aviões maiores, apurou o Estado com fontes próximas à empresa. A companhia confirma que mantém estudos para promover uma expansão internacional, mas diz que ainda não há decisões tomadas sobre o projeto.

“Sim, existe a intenção de fazer voo internacional. Essa é nossa visão de longo prazo e não nego que estamos fazendo esse e outros estudos”, disse o diretor de comunicação da Azul, Gianfranco Beting. “Uma companhia que já tem 18% do mercado, 10 mil tripulantes e 140 aviões tem de pensar nos próximos passos. O voo internacional é um próximo passo.” Ele não informou, no entanto, quando a empresa entrará no mercado internacional e quais os destinos prioritários.



(Foto: Estadão)

O projeto de lançar voos internacionais começou a ganhar força dentro da Azul no início de 2012, mas ficou na gaveta após o anúncio da fusão com a Trip, em maio daquele ano, apurou o Estado com fontes próximas à empresa [ver postagem anterior]. Naquela época, a intenção da Azul era começar as rotas internacionais com voos para a América do Sul. A partir de meados de 2012, a integração com a Trip virou prioridade e a companhia tratou de ajustar malha, frota e equipe para aproveitar as sinergias. No último dia 10, a Azul conseguiu aaprovação que faltava para concluir a incorporação da Trip – a empresa fechou um acordo com o sindicato dos pilotos e comissários e poderá integrar a tripulação.

Após a fusão da Trip, a Azul passou a servir 105 destinos no Brasil, mais do que o dobro das líderes TAM e Gol. A empresa entende que já está perto do limite para a expansão do número de destinos no País. “Nas condições atuais, não há muito mais cidades que podem ser servidas (pela Azul). Então, é claro que a gente está de olho em outras oportunidades de crescimento”, disse Beting. Com a conclusão da fusão da Trip, o projeto de lançar voos internacionais ganhou novo fôlego e foi revisado. A prioridade da Azul agora é lançar voos para os Estados Unidos, disseram ao Estado quatro fontes do setor. Uma das possibilidades em estudo é levar os passageiros para Nova York e Fort Lauderdale, na Flórida.

Além de serem destinos requisitados pelos brasileiros, os aeroportos são bases operacionais da Jetblue, companhia fundada por David Neeleman em 1998 – o empresário criou a Azul em dezembro de 2008 e é o atual CEO da empresa. “A parceria dá capilaridade para a Azul distribuir passageiros nos EUA. Neeleman conhece as oportunidades do mercado americano e certamente terá facilidade para negociar um acordo comercial entre as empresas e aprovações com as autoridades do País”, disse uma fonte próxima à Azul.

Aeronave. A entrada da Azul no mercado internacional deve obrigar a companhia a mudar a sua frota. Hoje a empresa voa com jatos da Embraer e turboélices da fabricante francesa ATR, modelos que não têm autonomia para fazer voos de longa distância. A compra de aviões maiores, no entanto, seria uma mudança estratégica para a empresa. A empresa já mantém conversas com as fabricantes Boeing e Airbus sobre a compra de aviões para voos de longa distância. O modelo A330 é um dos mais cotados para o projeto, apurou o Estado.

O diretor de comunicação da Azul confirma que a empresa conversa com fabricantes de aeronaves, mas diz que “pesquisar aviões maiores e menores faz parte dos estudos que a companhia faz desde que nasceu”.

Segundo Beting, a decisão de comprar aviões maiores não está tomada e depende de uma capitalização da Azul. Uma aeronave de grande porte, como um Airbus ou Boeing com 200 a 300 assentos, custa cerca de US$ 300 milhões. “Para fazer encomenda dessas, a empresa tem de estar capitalizada”, diz.  A Azul está tentando se capitalizar por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A companhia já pediu o registro de empresa aberta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e aguarda o aval do órgão. A oferta é estimada pelo mercado em cerca de R$ 1 bilhão. Além do aval da CVM, a abertura de capital da Azul depende das condições da economia. “A empresa só fará o IPO quando e se acreditar que haverá uma oferta de sucesso”, ressalta Beting.

Uma esculhambação chamada Brasil

Instantâneos de um país que se diz cordial, que vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, e que pretende ser meca do turismo internacional.


Corruptômetro (II)

[Ver postagem anterior. Curriola que corrompe unida, permanece unida.]

Família de Genoino doa a Delúbio R$ 30 mil para multa no mensalão


A família do ex-deputado José Genoino vai doar R$ 30 mil para a campanha criada para arrecadar recursos para a multa de outro mensaleiro, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares (foto abaixo). O advogado Claudio Alencar, um dos que representam Genoino, confirmou que o valor será repassado para Delúbio.

A família de Genoino conseguiu, em dez dias, R$ 761.962,60. São R$ 94.448,68 a mais do que o valor necessário para arcar com a multa definida pelo STF. Em oito dias, a campanha para arrecadar recursos para pagar a multa de Delúbio Soares já conseguiu R$ 415.390,86, segundo informa placar do site. O petista condenado no mensalão foi punido pelo STF com multa de R$ 466.888,90, após correção monetária dos valores.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

CREA: caça-níqueis inútil e omisso

Como não conheço os demais CREAs do país em termos de atuação, vou me limitar ao CREA-RJ de quem  sou financiador por obrigação legal há mais de 50 anos, sem jamais saber por quê nem para quê e com retorno zero. Considero esse Conselho um mero caça-níqueis (que arrecada uma barbaridade), uma das inúmeras excrescências e nulidades que de alguma maneira, por ação e/ou omissão, atazanam nossas vidas neste país maluco.  

Há uns dois anos tentei tirar uma segunda via de minha carteira na sede do Crea em Niterói e desisti. O atendimento foi uma porcaria -- a burocracia era inimaginável, a incompetência insuperável (o Crea-Niterói simplesmente não conseguia dialogar com o Crea-Rio, detentor dos meus dados). Um estrume.

A noção exata e incontestável que se tem é que a indispensável atuação fiscalizatória prévia e preventiva do Crea é zero. O recente desabamento de três prédios no centro do Rio foi mais uma deplorável demonstração disso. Só depois dos prédios no chão, a poeira no ar, pessoas mortas ou desaparecidas é que apareceu um representante técnico do Crea com cara de santo de igreja dizendo que a reforma de um andar de um dos prédios -- a causa da tragédia -- era irregular.  Beleza, por que ele e o resto do Crea não fiscalizaram e embargaram a obra quando projetada ou, no máximo, antes de iniciada?!

Mas, o exemplo mais patético e revoltante da ineficiência, da nulidade e da irresponsabilidade desse tal de Crea vem do parecer técnico do Crea-RS sobre a Boate Kiss, de Santa Maria (RS), cujo incêndio matou 241 jovens em janeiro de 2013. Reproduzo a seguir a íntegra da notícia:


Parecer técnico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS), apresentado nesta terça-feira à comissão na Câmara que acompanha as investigações da tragédia em Santa Maria (RS)aponta que a boate Kiss teve problemas de adequação desde a sua abertura, em 2009.

De acordo com o laudo, divulgado no início do mês e levado aos deputados nesta terça, a série de problemas não impediu que a Kiss recebesse a licença de operação, em março de 2010, e o alvará de localização, no mês seguinte. As licenças foram entregues antes mesmo do alvará de prevenção e proteção contra incêndio. Para subsidiar a concessão das licenças, foram apresentados dois laudos que descrevem o ambiente. Os documentos apontam que a acústica do local era feita com revestimento de duas camadas de forro de gesso e outras duas de lã de vidro. Além disso, a lotação máxima era de 700 pessoas.

A primeira advertência para a renovação do alvará foi emitida em dezembro de 2010. Em inspeção, quatro meses depois, foi constatada a necessidade de correções nos extintores, nas iluminações e saídas de emergência e nas mangueiras de gás. Em julho daquele ano, uma nova avaliação constatou que as irregularidades foram solucionadas, e um novo alvará contra incêndio foi emitido duas semanas depois. 

Em 2012, a prefeitura solicitou à casa noturna a atualização do laudo acústico. Na reforma, o revestimento passou a ser de espuma, classificado pelo Crea-RS como um material que teve “papel determinante" na ocorrência do incêndio e asfixia das vítimas. Apesar das mudanças, o novo laudo registrado, apresentado por um engenheiro civil, não informou as alterações, mantendo o revestimento original - gesso e lã de vidro.

Renovação do alvará - A casa noturna teve o vencimento do alvará novamente notificado em outubro de 2011. A empresa apresentou uma resposta somente em novembro de 2012, na qual que solicitava uma inspeção. A boate Kiss estava na fila para ser avaliada quando o incêndio matou 239 pessoas

Na apresentação do relatório, o presidente do Crea-RS, Luiz Alcides Capoani, afirmou que episódio de Santa Maria “foi uma sucessão de erros”. “Erros dos mais primários, em termos técnicos”, ressaltou. Capoani afirmou que o Crea e o Corpo de Bombeiros têm de ter mais diálogo e criticou a fiscalização atual: “Nós viemos discutindo há muito tempo essas questões, quase que prevendo uma tragédia. Só se lembram de fazer inspeções quando cai uma fachada. Qual preço teremos de pagar?” 

Histórico - O documento do Crea-RS mostra o histórico da documentação da Kiss. O primeiro registro da edificação onde foi implantada a casa noturna, na década de 1950, aponta que o local era, originalmente, um pavilhão que servia como depósito. Em 2003, o espaço passou por reforma, abrigando um curso pré-vestibular. A transição para o ramo de danceterias ocorreu em 2009.

Leiam com bastante atenção o penúltimo parágrafo da notícia acima, em que o presidente do Crea-RS reconhece que o órgão cometeu erros primários com relação às condições da boate, que falta mais diálogo do Crea com o Corpo de Bombeiros e que o Crea só se lembra de fazer inspeções quando cai uma fachada.  Esse retrato cru e realista da desídia, da omissão e da irresponsabilidade do Crea gaúcho aplica-se como uma luva ao Crea-RJ e, acredito piamente, a todos as demais excrescências dos Creas do país. Evidentemente, o Confea também tem culpa enorme nesse cartório.

O espantoso é que, apesar dessas declarações e desse parecer, o Crea-RS não foi incluído entre os demandados na ação pública contra os envolvidos direta e indiretamente na liberação da boate Kiss para funcionamento , apesar de suas inúmeras irregularidades. Veja também o site do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPE-RS). Acabo de enviar pedido de informação a esse MPE sobre essa estranha exclusão do Crea-RS entre os indiciados por aquela tragédia.

Para aumentar nossa raiva e nossa revolta, nós engenheiros continuamos obrigados a contribuir para esse caça-níqueis imprestável chamado CREA mesmo depois de aposentados!! Quem quiser detalhes sobre a regulamentação do CONFEA sobre a anuidade devida aos Creas deve ler a Resolução n° 528, de 28/11/2011, do CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, em particular seu Artigo 7°.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

As mentiras do governo Dilma NPS têm as pernas mais curtas do planeta

[Diz o velhíssimo refrão que a mentira tem pernas curtas -- nos governos petistas e em especial no de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) essas pernas são dois cotocos. O embuste mais recente do inesgotável repertório da nossa Dama de Ferrugem refere-se à sua passagem por Lisboa, no caminho de Davos para Havana. O chanceler brasileiro disse que a viagem a Portugal foi decidida à última hora, à véspera da saída da delegação da Suiça, mas o governo português desmentiu essa informação, declarando que sabia previamente dessa visita de Dilma NPS -- é o que reportou ontem o jornal Estadão, ver texto abaixo. ]

Tratada como segredo de Estado pelo Palácio do Planalto, a passagem da presidente Dilma Rousseff por Portugal já estava confirmada e foi comunicada ao governo local na quinta-feira, o que contradiz o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, segundo quem a decisão de parar em Lisboa só foi tomada "no dia da partida" da Suíça, no sábado passado.

Dilma ficou na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, de quinta-feira a sábado. Seu destino seguinte, segundo a agenda oficial, seria Cuba, onde está nesta terça-feira. A presidente e sua comitiva, porém, desembarcaram em Lisboa, onde passaram o sábado e a manhã de domingo. Jantaram em um dos restaurantes mais badalados da cidade e se hospedaram nos hotéis Ritz e Tivoli - 45 quartos foram usados. Nada foi divulgado à imprensa.

Após o Estado revelar o paradeiro de Dilma no sábado, o Palácio do Planalto afirmou que se tratava de uma "parada técnica" não prevista. A versão foi dada primeiro pela ministra Helena Chagas (Comunicação Social), no fim de semana, e reiterada nesta segunda-feira por Figueiredo, em Havana.  Pela versão oficial, o plano era sair da Suíça no sábado, parar nos Estados Unidos para abastecer as duas aeronaves oficiais e chegar a Cuba no domingo. Mas o mau tempo teria obrigado a comitiva a mudar de planos na véspera e desembarcar em Lisboa.

Desde quinta, porém, o diretor do cerimonial do governo de Portugal, embaixador Almeida Lima, estava escalado para recepcionar Dilma e sua comitiva no fim de semana. Joachim Koerper, chef do restaurante Eleven, onde Dilma jantou em Lisboa com ministros e assessores, recebeu pedidos de reserva na quinta-feira. O chef postou em uma rede social uma foto ao lado de Dilma no restaurante - um dos poucos de Lisboa a ter uma estrela no Guia Michelin, um das mais tradicionais publicações sobre viagens do mundo.


Mal-estar. A divulgação da parada em Lisboa aborreceu Dilma e criou mal-estar quando ela desembarcou em Havana.
Nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores foi destacado para falar à imprensa sobre o assunto. Primeiramente, repetiu a versão oficial: "Havia duas possibilidades: ou o nordeste dos Estados Unidos, ou parando em Lisboa, onde era o ponto mais a oeste do continente. Viu-se que havia previsão de mau tempo com marolas polares no nordeste dos Estados Unidos. Então houve uma decisão da Aeronáutica de que o voo mais seguro seria com escala em Lisboa".

Depois disse que cada um dos integrantes da comitiva presidencial que jantaram no Eleven pagou sua própria despesa. "Cada um pagou o seu e a presidenta, o dela, como ocorre em todas as viagens. Foi com cartão pessoal".

A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto se limitou a informar que, "por questões de segurança", "não tece comentários sobre detalhamentos das equipes, cabendo apenas ressaltar que elas são compostas a partir de critérios técnicos e adequadas às necessidades específicas previstas para cada viagem".

A ida de Dilma a Lisboa só passou a constar da agenda oficial da presidente às 13h50 de domingo, horário de Brasília, quase 24 horas depois de a presidente chegar à capital portuguesa. Naquela hora a presidente já tinha decolado em direção a Havana.



Será que Dilma NPS, Mantega & Tombini lêem o Financial Times?

No curto período de 12 dias -- de 15 a 27 de janeiro -- o Brasil foi objeto de três artigos do prestigioso jornal britânico Financial Times (FT), todos eles negativos e/ou de alerta.

No primeiro deles ("Brasil: devedor líquido do mundo"), de 15 de janeiro, o FT observa que o Brasil talvez não esteja tão bem protegido contra choques externos como comumente se pensa. O jornal registra que durante anos Brasília tem orgulhosamente alardeado que o país é um credor líquido do mundo, porque suas reservas em moeda estrangeira superam suas dívidas externas. Entretanto, isso estaria longe de estar claro e certo. O FT argumenta que esse é apenas um exemplo das vulnerabilidades que os investidores têm que incluir em seus cálculos sobre como o Brasil e outros mercados emergentes se comportarão à medida que a política monetária dos países desenvolvidos se tornar mais restritiva.

A liquidez global foi uma dádiva para o Brasil por pelo menos uma década, diz o FT. Antes da crise de 2008-2009, a demanda global por commodities brasileiras e a entrada de milhões de novos consumidores no mercado doméstico levou a, e fez crescê-las, enormes entradas de dinheiro no país. A partir da crise, esses fluxos continuaram graças às políticas de estímulo monetário (quantitative easing) do Fed americano e de outros bancos centrais do mundo desenvolvido. Isso ficou claramente visível no aumento das reservas brasileiras em moeda estrangeira, que passaram de cerca de US$ 35 bi em 2001 para cerca deUS$ 360 bi no final de 2013.

A dívida externa combinada dos setores público e privado manteve-se estável em cerca de US$ 200 bi de 2001 a 2009, depois começou a aumentar, atingindo cerca de US$ 310 bi no final de 2013. Apesar disso, graças ao crescimento firme das reservas externas o Brasil tem sido um credor líquido desde o início de 2009.


Brasil: não mais um credor líquido. Dívida externa, reservas externas, reservas líquidas de swaps -- Swaps do Banco Central - (Fonte: Banco Central/Gráfico: FT).

Depois de elogiar a atuação do Banco Central (BC) no mercado de câmbio para limitar a valorização do real, que qualificou de hábil e precisa (nifty), o jornal comenta que quando o Fed começou a falar em redução de sua política monetária no ano passado o real começou a cair. Desde então, o BC subiu o patamar de seus swaps cambiais até chegar entre 31/5/2013 a 10/1/2014 a uma posição devedora ou a descoberto em dólares americanos de mais de US$ 77 bi, segundo Gabriel Gersztein e Thiago Alday do banco  BNP Paribas em São Paulo.



Variação do real frente ao dólar (R$/US$) - (Fonte: Thomson Reuters Datastream/Fráfico: FT).


O FT argumenta que embora tudo se faça em reais, e portanto sem impacto nas reservas externas, armamento pesado não é barato e você não consegue sustentar sem ônus sua moeda numa sintonia de US$ 77 bi. E, obviamente, há um custo. Se os swaps forem exitosos, o BC pode até lucrar com eles. Mas, o que acontece se o real continuar a cair a despeito da artilharia pesada do BC? A moeda tem mostrado alguma capacidade de reação desde que os mercados cambiais se livraram do pânico em setembro passado, mas ainda assim o real desvalorizou-se de cerca de R$ 1,97/dólar em março passado para cerca de R$ 2,35/dólar hoje. Toda vez que seus contratos de swap lhe são desfavoráveis o BC -- ou melhor, o Tesouro Nacional -- leva um tranco. 

Qual é o tamanho desse tranco? Se admitirmos que não há almoço gratuito, e muito menos uma bazuca de grande calibre, temos que admitir que o custo é significativo. Gersztein e Alday, do BNP Paribas, consideram que uma indicação razoável desse custo pode ser obtida descontando-se das reservas externas do BC sua posição devedora decorrente dos swaps cambiais. Se fizermos isso, descobriremos que por ter usado sua bazuca o Brasil deixou de ser credor líquido do mundo em outubro de 2013. Dados mais recentes do BC para novembro de 2013 mostram uma dívida externa de US$ 312 bi e reservas externas de US$ 362 bi, o que dá uma folga de US$ 50 bi. Se descontarmos disso a posição devedora de US$ 68 bi do BC no final de novembro decorrente de swaps, essa folga deixou de existir.  Esse é um ponto ao qual os investidores certamente estarão atentos se, como amplamente previsto, o real continuar a se desvalorizar e a posição fiscal do país continuar a se deteriorar em 2014 e 2015.

No outro artigo sobre o Brasil ("Mercados emergentes terão que apertar os cintos, diz Tombini do BC do Brasil"), de 27 de janeiro, o FT comenta que o efeito "aspirador" do aumento de juros no mundo desenvolvido continuará a drenar dinheiro dos mercados emergentes e forçará as autoridades financeiras destes a tornar suas políticas mais rígidas para combater a inflação, segundo palavras do presidente do BC do Brasil.

O nervosismo mais recente dos mercados foi deflagrado por uma desvalorização abrupta do peso argentino na semana passada, que serviu para lembrar a vulnerabilidade de alguns países face às políticas monetárias mais restritivas dos bancos centrais de países desenvolvidos, encerrando o ciclo recente de liquidez global superabundante. 

Em um dos ciclos de ajustes mais agressivos no mundo, o Brasil aumentou sua taxa de juros Selic, desde abril passado, em 325 pontos percentuais alcançando o patamar de 10,5% para conter a inflação, que chegou a quase 6% em comparação com a meta oficial de 4,5%. O BC usou também suas reservas de US$ 360 bi para suavizar a volatilidade da taxa cambial.

Após outras considerações, Tombini reconheceu que o Brasil precisa fazer mais para reduzir sua imagem às vezes negativa entre os investidores internacionais, que incluíram o país no grupo dos chamado "cinco frágeis" -- países como Turquia e Índia, que possuem também elevados deficits de conta-corrente. No caso do Brasil, isso está próximo de 4% do PIB. "Investimentos externos diretos cobrem 79% do deficit, a economia está se reacomodando rumo ao investimento e afastando-se do consumo ... nossa política de resposta tem sido muito clássica e direta", disse Tombini. "Não perco sono algum por causa do deficit atual de conta-corrente do Brasil". 

Em seu terceiro artigo sobre o Brasil, reproduzido ontem pelo jornal Estadão e transcrito abaixo, o FT faz um alerta sobre a dívida do Brasil com bancos estrangeiros. 

Enquanto os investidores tentam entender a liquidação de ativos de mercados emergentes observada nos últimos dias, vale a pena analisar o montante de empréstimos feitos por bancos estrangeiros a essas economias, afirma um blogue do jornal Financial Times, da Grã-Bretanha, destacando como exemplo o Brasil.

De acordo com dados do Banco para Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), as dívidas do País com bancos globais quase quadruplicaram durante a última década, passando de US$ 50 bilhões em 2005 para US$ 200 bilhões em 2013. O FTafirmou que, para o presidente do Banco Central (BC) brasileiro, Alexandre Tombini, que se reuniu com representantes do jornal britânico nesta segunda-feira, 27, isso não é uma dificuldade, uma vez que apenas 8,8% do financiamento bancário vem do exterior.

No entanto, observa o diário, em números absolutos, o montante é grande. Apenas a exposição a instituições financeiras estrangeiras soma, aproximadamente, mais da metade das bastante consideráveis reservas externas do Brasil, de cerca de US$ 375 bilhões, diz o FT. Tombini afirmou ao periódico que essas dívidas estão bem protegidas. "Parte desses empréstimos foi tomada em 2012, antes da normalização (da redução das compras de ativos pelo Federal Reserve, Fed, o BC dos Estados Unidos)", disse. "Quando você toma empréstimos nesse ambiente, você tende a ser mais cauteloso em termos de hedge (expediente adotado para se resguardar de flutuações de preços)", acrescentou, destacando que não há falta de dólares no Brasil.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Enquanto o pau quebra no Brasil, Dilma NPS e sua patota fazem alto turismo em Portugal

Na volta de Davos rumo a Cuba e Venezuela, nossa doce e terna Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) deu mais uma demonstração inequívoca de que seu passado "ista" (socialista, comunista, oportunista -- o que seja) contra a "burguesia" foi definitivamente enterrado. Agora, quem definitivamente se aburguesou foi nossa madame presidente. Dilma NPS tomou gosto irreversível pelo bem-bom -- afinal, ninguém é de ferro e ela tem que ir à forra da dureza da época da guerrilha. 

Em março do ano passado, em uma passagem por Roma Dilma NPS e sua comitiva ocuparam 52 quartos e usaram 17 carros -- apesar de nossa embaixada ocupar um belíssimo prédio que é uma das jóias de época da capital romana nossa "severa" ex-guerrilheira optou por hospedar-se em um dos hotéis mais caros de Roma, alegando que nosso embaixador não estava na cidade.

Na viagem de Davos (Suiça) para Cuba e Caracas, Dilma NPS e sua patota fizeram uma parada "técnica" em Portugal e ocuparam mais de 30 quartos em dois dos hotéis mais caros de Lisboa. A para técnica transformou-se em farra, com o nosso dinheiro. Nossa ex-guerrilheira "rígida" controladora de gastos ocupou uma suíte do hotel Ritz -- um dos mais caros da cidade -- cuja diária é de R$ 26,2 mil e, para refazer as energias, foi jantar no Eleven, um dos restaurantes mais caros de Lisboa. Não foi divulgado o tamanho da curriola que pegou a boca livre desse jantar.

Petista que se preza se lixa para bons exemplos, para eles isso é frescura. Assim como o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula), Dilma NPS não dá a mínima para seu poder de influenciar positiva e negativamente as pessoas com o seu procedimento -- mais do que ninguém, ela é partidária do "faça o que ordeno e não olhe o que faço". O pau está literalmente quebrando no Brasil em protestos contra o descalabro dos serviços públicos básicos, contra os absurdos gastos com a Copa e outros que tais, e a madame está absolutamente indiferente a isso e continua comandando sua caravana roliday em circuitos e roteiros da altíssima burguesia, dando uma de nouveau riche e jogando no ralo o dinheiro do contribuinte (que foi pungado por seu governo em mais de R$ 1,13 trilhão em 2013).

Para tornar a coisa ainda mais ridícula e idiota, Dilma NPS dá esse show de incontinência com o dinheiro público a caminho de dois dos piores países socialistas da América Latina, Cuba e Venezuela, cujas populações vêm há décadas sofrendo horrores com os energúmenos que os governam. Os dois países jogam sobre Tio Sam e o capitalismo a culpa por suas mazelas, Cuba com bastante mas não total razão, e a Venezuela sem nenhuma.

Dilma NPS vai a Cuba inaugurar a primeira parte do moderníssimo porto de Mariel, construído pela brasileira Odebrecht com financiamento pesado do BNDES (US$ 682 milhões de um custo total de US$ 957 milhões). Se e como Cuba vai nos pagar isso ninguém sabe, exceto Dilma NPS. Como um dos inúmeros vícios da madame é o de fazer caridade com o nosso dinheiro -- como quando perdoou R$ 900 milhões de dívidas de ditaduras africanas -- é bom nos prepararmos por mais essa possível pendura em nossa conta.

Não se sabe exatamente o que a nossa Dama de Ferrugem vai fazer em Caracas -- uma das hipóteses é que leve um megacarregamento de papel higiênico para os venezuelanos, já que esse produto de primeira necessidade está em falta no país (por sabotagem capitalista e, principalmente, dos EUA, diria o presidente venezuelano Nicolás Maduro). O Brasil é um sério devedor do povo da Venezuela, por ter ajudado sistemática e incondicionalmente Hugo Chávez e Nicolás Maduro a esculhambar democrática e economicamente um país riquíssimo (as maiores reservas de petróleo do mundo). Essa nova visita de Dilma NPS ao país é a reiteração do sadismo e do cinismo da ex-guerrilheira.




Carlos Alberto Parreira solta o verbo: organização do Brasil para a Copa do Mundo foi descaso total

[A única dúvida agora quanto à Copa do Mundo é saber o tamanho exato do vexame por que vamos passar em termos de organização do evento. O sinal mais recente e explícito disso é a esculhambação do atraso em que se encontra a Arena da Baixada, do Atlético Paranaense, em Curitiba, o que pode significar a desclassificação da capital paranaense como cidade-sede da Copa. Uma vergonha para o Brasil e um tremendo pepino para a Fifa que, caso ocorra essa desclassificação, terá que remanejar para outros estádios e cidades os jogos previstos para Curitiba. Isso sem falar nos problemas das seleções que para lá iriam e que terão que refazer sua programação, as reservas de hotéis e ingressos, etc, etc. Um caso de polícia, que o governo de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) finge inexistir. Embora o estádio em questão seja particular, a fiscalização de suas obras está sob a responsabilidade do governo através do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo.

A desordem chegou a tal ponto, que até o normalmente discreto e comedido Carlos Alberto Parreira, atual coordenador técnico da seleção para a Copa deste ano, resolveu desabafar em entrevista à rádio CBN conforme noticiou ontem a Folha de S. Paulo.]

O coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, criticou neste domingo a organização das autoridades públicas brasileiras para a Copa do Mundo, principalmente no que diz respeito às obras de infraestrutura urbana nas cidades-sede.

Em entrevista para a rádio CBN, Parreira fez duras críticas ao fato de a concessão dos principais aeroportos brasileiros (Cumbica, Galeão, Viracopos, Brasília e Confins) para a iniciativa privada ter acontecido pouco tempo antes da realização do Mundial. "A gente queria tudo para a Copa, mas para a Copa foi um descaso total. Vejo que os aeroportos vão ser licitados a partir de março, três meses antes. É uma brincadeira, fomos indicados há sete anos e só agora vão licitar os aeroportos?"


Parreira também lamentou o fato de que muitas obras projetadas para a competição sairão do papel anos depois de o país ter sediado o Mundial. "A gente perdeu uma oportunidade de dar conforto e mostrar um Brasil diferente", afirmou.

Sobre os protestos que podem acontecer durante a Copa, o coordenador técnico da seleção brasileira admitiu uma espécie de blindagem ao grupo de jogadores. "De certo modo eles estão blindados, sabem que não podem misturar. Se começar a se preocupar, dividir o foco, vai ser difícil. Vamos pensar em ganhar a Copa, e fora do campo é problema das autoridades. Mas ninguém ali é alienado", disse.

Protesto

Neste sábado, protestos contra a realização da Copa do Mundo se espalharam pelas principais cidades do Brasil. Em São Paulo, um rapaz de 22 anos foi baleado no bairro de Higienópolis, na região central.

Ouça a entrevista de Parreira à CBN em  http://cbn.globoradio.globo.com/programas/cbn-esportes/2014/01/26/BRASIL-TEM-QUE-SER-CAMPEAO.htm



domingo, 26 de janeiro de 2014

O Brasil sem maquiagem que o mundo vê através do nosso absurdo sistema carcerário

Nesta era da informação em tempo real é pateticamente ridículo o esforço do governo Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) em querer vender para o mundo uma imagem absolutamente cor-de-rosa do Brasil. Estamos pelados no palco há bastante tempo, especialmente na última década. As acrobacias da ex-guerrilheira em Davos (por exemplo) para tentar esconder nossas mazelas, particularmente ampliadas em seu governo, têm sido bizarras -- e com o DNA escrachado da mentira que caracteriza Dilma NPS. 

A única coisa que nos salva hoje é a nossa exuberante Natureza, quando não arrasada pelo homo brasiliensis (vide Baía da Guanabara) -- o brasiliensis vale tanto para brasileiro quanto para brasiliense (leia-se "do Palácio do Planalto"). Estamos péssimos no filme mundo afora em termos de economia lato sensu, de direitos humanos, de excessiva ingerência estatal na economia, de segurança jurídica nos compromissos governamentais, de burocracia, de bem-estar social (saúde, transporte, saneamento básico, segurança pública), de cumprimento de compromissos (vide organização da Copa do Mundo), de transparência e de apego à verdade (tivemos até agora dois petistas visceralmente mentirosos no governo). Para piorar esse quadro, explodiu para o país e o mundo a situação medieval de nossas prisões retratada nas barbáries da penitenciária de Pedrinhas (MA) e do Presídio Central de Porto Alegre.

Os grandes organismos internacionais de proteção aos direitos humanos já nos têm na alça de mira há anos e se manifestaram sobre nosso selvagem sistema carcerário: a Human Rights Watch, a Anistia Internacional e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, para citar apenas três deles.  

O Centro Internacional para Estudos Penitenciários (ICPS, na sigla inglesa), que trabalha em parceria com a Universidade de Essex, do Reino Unido, tem em seu site dados e informações sobre a situação das prisões brasileiras, com estudos próprios e de terceiros. Ele revela, por exemplo, que a nossa população carcerária pulou de 233.859 (dez°/2011) para 548.003 (dez°/2012), um aumento  de 134,33%. Nesse mesmo intervalo, a população do país passou de cerca de 170 milhões para cerca de 194 milhões, uma variação de 14,12% -- ou seja, botamos na cadeia quase dez vezes mais brasileiros que os que botamos no mundo. Somos um país gerador de marginais -- ressaltando que nessas estatísticas não consta a marginália que se abriga em todas as esferas de governo e políticas do país, e que burla a justiça e a polícia. Essa excrescência nos sai extremamente caro -- econômica, financeira e socialmente falando. E de imagem lá fora, com todos os seus efeitos nocivos ao país.

A mesma estatística do ICPS informa que a capacidade oficial do sistema penitenciário brasileiro em dezembro de 2012 era de 318.739 detentos -- fechamos pois esse ano com uma superpopulação carcerária de 71,93%. Só governos e autoridades irresponsáveis ficam cegos a essa bomba-relógio, e depois fazem cara mongoloide de espanto -- tipo Roseana Sarney -- ou vão demagógica e irresponsavelmente para o twitter -- tipo Dilma NPS -- quando Pedrinhas e Presídio Central de Porto Alegre explodem em violência. Inclua-se nessa irresponsabilidade a apatia suicida da sociedade brasileira.

O relatório sobre práticas de direitos humanos de 2012 do Birô de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho do Departamento de Estado dos EUA relativo ao Brasil é para nos deixar profundamente envergonhados.

No rastro das barbaridades ocorridas em Pedrinhas, a mídia internacional botou a lupa de aumento máximo sobre nossas prisões e desancou o país. A mídia estrangeira mostra um país absurdamente violento e assustadoramente omisso quanto a direitos humanos. Não adianta esse disfarce idiota de bom menino do governo, isso não engana mais ninguém. Eis alguns exemplos da visão internacional:



Vídeo mostra a violência no presídio de Pedrinhas; um cadáver é arremessado do telhado da prisão pelos presos rebelados - YouTube

☛ Caos nas prisões, vítimas de policiais e agressões a gays -- esse foi o Brasil em 2013 --El País, 21/01/2014

Prisões no Brasil: bem-vindos à Idade Média - The Economist, 18/01/2014

O Brasil surpreendido pela barbárie carcerária - Le Figaro, 12/01/2014

Prisioneiros filmam cadáveres decapitados de rivais - Die Welt, 08/01/2014

Vídeo violento e sangrento focaliza o caos de prisões brasileiras - The Wall Street 
Journal, 07/01/2014

Guerra de quadrilhas no presídio de Pedrinhas no Brasil mata 59 em 2013 - BBC News Latin America & Caribbean, 28/12/2013

A crescente população carcerária brasileira pode demandar a privatização de prisões - International Business Times, 24/12/2013 -- (ver postagem sobre esse tipo de experiência na África do Sul)