Eike Batista iniciou 2014 como terminou 2013: vendendo participações em empresas para levantar recursos. Em dezembro, vendeu sua fatia na BRIX, bolsa de comercialização de energia, e na semana passada deixou a SIX Semicondutores. Apesar de ter superado o momento agudo da crise em seu grupo, com soluções mais ou menos drásticas, o empresário ainda não conseguiu equacionar seu endividamento e continua vendendo ativos para pagar credores.
A dívida mais relevante no momento é da holding EBX e alcança US$ 1 bilhão. As participações que restaram ao empresário nas companhias abertas OGX, OSX, MMX, CCX, Eneva (ex-MPX), e Prumo (ex-LLX) somam aproximadamente R$ 2 bilhões. No entanto, o Valor apurou que essas ações foram dadas em garantia a bancos credores. O mais provável é que Eike mantenha essas fatias até o vencimento das dívidas, apostando que as empresas vão sair da crise de confiança e ter suas ações valorizadas.
Com relação às empresas listadas, a única operação que resultou em entrada de recursos para Eike foi a venda de participação na então MPX, hoje Eneva, para a sócia E.ON. Eike recebeu R$ 1,4 bilhão em maio - já utilizados para estancar seu endividamento. Em outras companhias, o empresário tem sido diluído, sem conseguir fazer caixa.
Após essa reestruturação das empresas, que buscou afastar Eike do comando, o empresário tem hoje o equivalente a 32% do valor de mercado das seis companhias criadas por ele e listadas em bolsa. Hoje, somadas, elas valem R$ 6 bilhões. Para efeito de comparação, o valor das seis empresas na bolsa, antes de entrarem em crise, chegava a R$ 70 bilhões. Quando alcançou o sétimo lugar na lista dos mais ricos do mundo da revista "Forbes", a fortuna pessoal de Eike foi estimada em US$ 30 bilhões.
Ver também:
Fortuna de Eike encolhe e suas ações valem R$ 2 bilhões na bolsa
O empresário Eike Batista - (Foto: Valor Econômico).
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