O lançamento do satélite sino-brasileiro CBERS-3 foi agendado para outubro, segundo informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), confirmadas hoje pelo Estado. A nova data, que ainda não foi anunciada oficialmente, foi citada ontem (terça-feira, 9) pelo ministro Marco Antonio Raupp em um encontro com lideranças da comunidade científica na sede da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em São Paulo.
O lançamento do satélite, que é peça crucial no planejamento do Programa Espacial Brasileiro, estava previsto para ocorrer no fim do ano passado. Problemas técnicos detectados em algumas peças (conversores de energia) compradas de uma empresa norte-americana, porém, forçaram um adiamento. Em entrevista ao Estado em 17 de janeiro, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, disse que a nova previsão era de lançar o CBERS-3 em meados deste ano, por volta de maio ou junho — desde que novos testes confirmassem a segurança de operação dos conversores. (Para mais detalhes, veja a reportagem anterior sobre o tema, publicada em janeiro.)
O novo cronograma, com lançamento previsto para outubro, foi acertado com os chineses na semana passada, durante uma viagem de Perondi e do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, ao país asiático. O projeto é desenvolvido em parceria pelo Brasil e a China, dentro de um programa conjunto de desenvolvimento e lançamento de satélites de observação da superfície terrestre, iniciado em 1988 (histórico completo na página do Inpe). O CBERS-3 é o quarto da série, depois do CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B. O custo do satélite é de US$ 125 milhões para cada país, aproximadamente.
O Inpe e a AEB foram procurados pelo Estado, mas não confirmaram (nem desmentiram) a nova data de lançamento, apesar da confirmação dada pelo MCTI ao jornal.
[Realmente não há nada sobre esse satélite no site do MCTI. No site da AEB - Agência Espacial Brasileira consta que "entre 2011 e 2015 serão concluídos e lançados dois satélites da série Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers 3 e 4) e um satélite dedicado à observação da Amazônia, o Amazonia-1. Também haverá lançamentos de teste e de qualificação dos foguetes nacionais, o Veículo Lançador de Satélites (VLS) e o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), e do Cyclone-4. Nesse período, será construído e lançado o Satélite Geoestacionário de Comunicações para apoio às comunicações estratégicas de governo e ao Plano Nacional de Banda Larga, permitindo acesso rápido e barato à Internet, em todo o território nacional. Até 2020 serão, também, lançados mais satélites de comunicação e observação da Terra e um satélite meteorológico, que dará autonomia ao Brasil nessa área".
O site da AEB informa ainda que os principais parceiros do Brasil na área espacial são a China, no projeto do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers), a Ucrânia, na parceria da empresa binacional Alcantara Cyclone Space (ACS), e a Alemanha com o projeto do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM).]
O satélite sino-brasileiro CBERS-3 - (Imagem: Inpe)
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