quarta-feira, 10 de abril de 2013

Presidente da CBF faz queixa contra Romário no STF

[Antes de mais nada, quero avisar que o título desta postagem não foi tirado de nenhum programa do Casseta & Planeta ou do Ratinho -- é de uma reportagem de ontem do site da revista Veja.  Antes de entrar no texto dessa reportagem, vamos fazer uma pequena recapitulação de dois episódios bizarros e vergonhosos, protagonizados pelo cidadão José Maria Marin: - i) no dia 25/1/2012 o Estadão publicava a seguinte manchete em seu caderno de esportes: "Dirigente da CBF embolsa medalha e rouba a cena na premiação da Copinha" ("Copinha" refere-se à Copa São Paulo de Futebol Júnior, ganha pelo Corinthiana). O dirigente no caso era o Sr. Marin, à época vice-presidente da CBF para a região Sudeste -- pelo vídeo mostrado abaixo, vê-se que ele embolsou na realidade duas medalhas;



- ii) no dia 18/2/2013, o jornalista Juca Kfouri, sob o título "O gato de Marin", contou que essa mesma criatura, agora já presidente da CBF, foi flagrado com ligação clandestina roubando energia de um seu vizinho de apartamento. - Vamos agora ao texto da reportagem citada da Veja.]

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, fez uma queixa ao Supremo Tribunal Federal contra o deputado federal Romário (PSB-RJ) acusando-o por injúria e difamação, após declarações que o ex-jogador deu à imprensa a respeito do dirigente. Segundo o pedido feito pelos advogados de Marin, Romário ultrapassou sua liberdade de expressão como parlamentar nas críticas à nomeação do presidente da CBF.

O documento enviado ao STF na quinta-feira cita uma entrevista de Romário: "Esse presidente tem o passado ligado à ditadura, não tem moral para criticar. Dá pena ver a CBF passando suas diretorias de um ladrão para outro. Um cara que rouba medalhas e energia de um vizinho não tem moral para falar de Romário ou de qualquer deputado". Segundo os procuradores de Marin, não há imunidade parlamentar para Romário nessa situação, já que a declaração não foi dada dentro de sua atividade no Congresso. "A declaração ofensiva à honra do querelante foi não proferida no estrito exercício do mandato parlamentar, mas em entrevista concedida a veículos de imprensa, o que permite a devida persecução penal".

A pena por injúria é de detenção, de um a seis meses, ou multa. A difamação tem pena de detenção de três meses a um ano e multa. A queixa-crime pede ainda o acréscimo de um terço nas penas pelo fato de a vítima ter mais de 60 anos (exceto no caso de injúria) e pelo fato de as declarações terem sido divulgadas amplamente pela imprensa. A assessoria do deputado Romário disse que o parlamentar está em viagem e não vai se manifestar sobre o processo até ser citado pela justiça. O relator da ação é o ministro Gilmar Mendes, que ainda analisará o pedido para citar o acusado.

[Pelo jeito, o Sr. Marin não se destaca apenas por embolsar medalhas e fazer gato de energia -- acompanhado pelo ex-jogador e deputado federal Romário (PSB-RJ), o filho do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar em 1975, Ivo Herzog, entregou nesta segunda-feira [01/4] na sede da CBF, no Rio, uma cópia do abaixo-assinado com quase 55.000 assinaturas que pede a saída do presidente da entidade, José Maria Marin. (...) "Recentemente descobri documentos que mostram a participação do senhor José Maria Marin durante o período do regime militar brasileiro", afirmou Ivo no documento entregue à CBF e enviado às 27 federações estaduais de futebol e aos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, que formam o colégio eleitoral que escolhe o presidente da entidade".

Romário, o filho de Vladimir Herzog (à esq.) e a deputada Jandira Fegalli na sede da CBF - (Foto: Fabio Motta/AE).

Algo de muito podre cheira no reino da CBF.] 

 José Maria Marin, presidente da CBF, e o deputado Romário -  (Foto: Sérgio Lima/Folhapress).




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