domingo, 30 de setembro de 2012

Outra trapalhada do governo Dilma na área elétrica: 32 parques eólicos estão parados por falta de linhas de transmissão

[Nossa ex-guerrilheira e ex-quase Dama de Ferro, como todo governante petista que se preza, adora jogar pedra em telhado alheio embora o seu seja de cristal. Assim como seu criador, padrinho e tutor (Lula, o Nosso Pinóquio Acrobata - NPA), Dilma dirige o carro de seu governo buscando sempre o governo de FHC no retrovisor -- resultado: volta e meia quebra a cara. Um dos motes preferidos dela e do NPA (de quem foi ministra de Minas e Energia por dois anos) é a história dos apagões -- em postagem anterior mostrei que nos governos do NPA houve também apagões sérios, e na semana passada tivemos um apagão que atingiu 8 dos 9 Estados do Nordeste (Bahia, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte) e pelo menos 7 milhões de pessoas.  A Folha de S. Paulo fala em 11 Estados, já que a região Norte do país teria sido também atingida.

Para provar e comprovar que também na área elétrica nossa ex-guerrilheira deixa bastante a desejar como gestora -- vide o PAC --, o jornal O Estado de S. Paulo de ontem (29/9) nos traz o relato de outra trapalhada do governo Dilma: 32 parques eólicos licitados no primeiro leilão de energia eólica no Brasil estão parados por falta de linhas de transmissão! Reproduzo a seguir a íntegra dessa reportagem. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]

Quase metade das usinas licitadas no primeiro leilão de energia eólica do Brasil está pronta sem poder gerar um único megawatt (MW) de eletricidade. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que 32 dos 71 parques eólicos leiloados em 2009 estão parados por causa da falta de linhas de transmissão. "Houve um descasamento entre a entrega das usinas e do sistema de transmissão", afirmou o diretor da agência reguladora, Romeu Rufino.

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), estatal do Grupo Eletrobrás, venceu o leilão das linhas de transmissão, mas não concluiu nenhum projeto - em alguns casos, nem iniciou as obras. Pelas regras do contrato, o sistema de transmissão teria de ser concluído na mesma data dos parques eólicos para permitir o início dos testes. Mas, na melhor das hipóteses, a conexão com as usinas apenas se dará em julho do ano que vem.  Consequentemente, as obras do sistema de transmissão dos parques licitados em 2010 também ficarão comprometidas. No mercado, algumas empresas foram informadas de que os cronogramas de empreendimentos marcados para setembro de 2013 foram estendidos para janeiro de 2015.

Rufino afirmou que a Aneel tem discutido constantemente com a estatal para tentar resolver o problema e diminuir os impactos para o consumidor.  Segundo ele, não está descartada a possibilidade de fazer uma instalação provisória enquanto a definitiva não é concluída. Apesar de não poderem produzir energia, as geradoras terão direito de receber a receita fixa prevista nos contratos de concessão. Pelos cálculos da Aneel, as 32 usinas têm receitas de R$ 370 milhões a receber. [O consumidor e contribuinte brasileiro é, portanto, duplamente penalizado -- pela falta do reforço de energia e pelo pagamento de uma energia que não está disponível, por incompetência e/ou irresponsabilidade de uma estatal do setor elétrico até prova em contrário. Nesse imbróglio, sobram incompetências e irresponsabilidades para a Eletrobras, da qual a Chesf é subsidiária, e para a Aneel, uma agência reguladora de fachada.]


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