Peguemos três fatos recentíssimos:
1) - indústria automobilística deita e rola às nossas custas -- recebe toneladas de benesses do governo e não mexe uma palha em sua margem de lucro, p'ra variar uma das mais altas do mundo (o dobro da média mundial);
2) - Furnas enxuga 35% dos funcionários -- o presidente da empresa, Flávio Decat, revelou que a empresa tinha área com três divisões administrativas fazendo exatamente a mesma coisa. O caso de Furnas é a pontinha milimétrica do inchaço estatal em matéria de pessoal -- e isso não ocorre apenas em uma estatal (Furnas, no caso), mas em toda a máquina que mama diretamente nas tetas do governo. No setor elétrico, a começar pela holding Eletrobras, há muita gente -- bota muita nisso -- ociosa e desnecessária, apadrinhada por políticos e sindicatos. Para não perdermos tempo com miudezas, existem também os enormes danos causados à Petrobras pela excessiva e abusiva ingerência dos governos petistas em sua gestão (o que não quer dizer que ela não tenha também inchaço de gente).
3) - Juro de cartão de crédito no Brasil é o maior do mundo -- brasileiro paga 238% de juro ao ano no cartão de crédito! Nossa taxa equivale a 4,8 vezes a da Argentina, 7 vezes a do México, 14 vezes a dos EUA e 13 vezes a do Reino Unido.
Nesse embate violento, desigual e injusto entre o capital selvagem e a paquidermia ineficiente do Estado (com excepcionalíssimas exceções, que apenas fazem confirmar a regra), o contribuinte brasileiro se mexe com a mesma liberdade da mortadela do sanduíche ou da ostra entre o mar e o rochedo. Para piorar, o governo de Dª Dilma tem se revelado um dos mais estatizantes da história, em apenas metade do mandato, apesar de ela mesma ter se desempenhado pessimamente como gestora do PAC.
O mar brasileiro não está p'ra peixe. Todo cuidado é pouco: a luz que aparecer no fundo do túnel pode ser a do tal trem-bala, o mais recente brinquedinho de Dª Dilma.
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