"Existe uma mudança relevante na política econômica. As medidas de estímulo mais recentes buscam reduzir o custo da produção e destravar gargalos. Isso torna a indústria de transformação mais competitiva", diz o gerente-executivo de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Para o economista, a redução no custo de energia, a preocupação com logística e infraestrutura e as desonerações mostram que a preocupação do governo está em "atacar questões estruturais pela oferta, e não simplesmente enfrentar as dificuldades apenas com medidas de estímulo à demanda".
"A vigência das medidas ainda é pequena, mas os primeiros sinais mostram
que o benefício melhora as condições de concorrência, desonera as
exportações e onera as importações. Isso dá igualdade de condições para o
produto nacional", avalia o gerente da CNI. Ele acrescenta que essa
mudança na política deve aumentar a confiança da indústria.
Julio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), ressalta que a desoneração faz parte de um grupo maior de medidas. Ele destaca a redução de custos de infraestrutura com programas de concessão e a redução da taxa de juros. "A medida me parece importante ao lado de outras, mas leva tempo até surtir efeito e, sozinha, seu efeito é limitado".
Além de segmentos da indústria de transformação, o incentivo anunciado no dia 13 alcançou também alguns setores de serviço, como o de transporte aéreo. As cinco maiores companhias aéreas brasileiras, TAM, Gol, Azul, Trip e Avianca terão economia anual de R$ 300 milhões com a desoneração. O cálculo é da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). O presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, diz que a medida abriu nova perspectiva. Para ele, a desoneração melhora a capacidade competitiva e abre uma agenda de diálogo. Na pauta de pedidos está a mudança no cálculo do preço do combustível e a unificação do ICMS sobre querosene de aviação.
Julio Gomes de Almeida, consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), ressalta que a desoneração faz parte de um grupo maior de medidas. Ele destaca a redução de custos de infraestrutura com programas de concessão e a redução da taxa de juros. "A medida me parece importante ao lado de outras, mas leva tempo até surtir efeito e, sozinha, seu efeito é limitado".
Além de segmentos da indústria de transformação, o incentivo anunciado no dia 13 alcançou também alguns setores de serviço, como o de transporte aéreo. As cinco maiores companhias aéreas brasileiras, TAM, Gol, Azul, Trip e Avianca terão economia anual de R$ 300 milhões com a desoneração. O cálculo é da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). O presidente da entidade, Eduardo Sanovicz, diz que a medida abriu nova perspectiva. Para ele, a desoneração melhora a capacidade competitiva e abre uma agenda de diálogo. Na pauta de pedidos está a mudança no cálculo do preço do combustível e a unificação do ICMS sobre querosene de aviação.
Para Lourival Kiçula, presidente da Eletros, que representa os
fabricantes de linha branca, a desoneração vai beneficiar o caixa das
indústrias do setor que, juntas, empregam 35 mil trabalhadores no país.
"Teremos grande vantagem competitiva", diz. "É um alívio para quem
produz." Para a Eletros, a desoneração não compensará o fim do benefício
do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), que vale até o fim do
ano.
O setor de medicamentos também recebeu bem a desoneração. "A medida vai ajudar a reduzir a pressão sobre custos do setor", afirmou o porta-voz Nelson Mussolini, vice-presidente do Sindusfarma, que reúne as indústrias farmacêuticas. Segundo Mussolini, os custos do setor, que é altamente dependente das importações, cresceram 30% em dólar neste ano. A medida anunciada prevê também depreciação acelerada de máquinas e equipamentos, o que abre possibilidade de investimentos na capacidade dos laboratórios.
A indústria de celulose e papel também comemorou sua entrada na lista dos setores desonerados. A presidente da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Elizabeth de Carvalhaes, diz que a medida é importante. "Mas há necessidade de olhar, urgentemente, para os exportadores." Um dos pleitos da indústria é a prorrogação do Reintegra, que prevê a devolução de 3% da receita de exportação na forma de créditos tributários. Segundo Elizabeth, em agosto a receita com exportações de celulose e papel recuou 27% na comparação com mesmo mês de 2011.
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) considerou "muito adequada" a desoneração, afirma o presidente da entidade, Synésio Batista. Para ele, o ponto mais importante é que a alíquota de 1% também será cobrada sobre importados. "É inteligente porque busca equiparação de preços." A expectativa da Abrinq é que o setor de brinquedos cresça 7% em 2012, alcançando R$ 7 bilhões em preços ao consumidor. A associação se comprometeu em criar 1,8 mil empregos em 24 meses. Segundo Batista, a indústria vai repassar o benefício ao consumidor. (Carlos Giffoni, Alberto Komatsu, Mônica Scaramuzzo, Stella Fontes, Adriana Meyge, Leticia Casado e Marta Watanabe)
O setor de medicamentos também recebeu bem a desoneração. "A medida vai ajudar a reduzir a pressão sobre custos do setor", afirmou o porta-voz Nelson Mussolini, vice-presidente do Sindusfarma, que reúne as indústrias farmacêuticas. Segundo Mussolini, os custos do setor, que é altamente dependente das importações, cresceram 30% em dólar neste ano. A medida anunciada prevê também depreciação acelerada de máquinas e equipamentos, o que abre possibilidade de investimentos na capacidade dos laboratórios.
A indústria de celulose e papel também comemorou sua entrada na lista dos setores desonerados. A presidente da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Elizabeth de Carvalhaes, diz que a medida é importante. "Mas há necessidade de olhar, urgentemente, para os exportadores." Um dos pleitos da indústria é a prorrogação do Reintegra, que prevê a devolução de 3% da receita de exportação na forma de créditos tributários. Segundo Elizabeth, em agosto a receita com exportações de celulose e papel recuou 27% na comparação com mesmo mês de 2011.
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) considerou "muito adequada" a desoneração, afirma o presidente da entidade, Synésio Batista. Para ele, o ponto mais importante é que a alíquota de 1% também será cobrada sobre importados. "É inteligente porque busca equiparação de preços." A expectativa da Abrinq é que o setor de brinquedos cresça 7% em 2012, alcançando R$ 7 bilhões em preços ao consumidor. A associação se comprometeu em criar 1,8 mil empregos em 24 meses. Segundo Batista, a indústria vai repassar o benefício ao consumidor. (Carlos Giffoni, Alberto Komatsu, Mônica Scaramuzzo, Stella Fontes, Adriana Meyge, Leticia Casado e Marta Watanabe)
Nenhum comentário:
Postar um comentário