São poucos, muito poucos, os que no governo avaliam que haveria espaço para mais um corte na taxa Selic, na próxima reunião do Copom, em
outubro. O prognóstico dominante é o de que está encerrado o ciclo queda
da Selic. Em um ano ela caiu 5 pontos percentuais, de 12,5% para 7,5%
e, agora, mais importante do que forçar uma nova baixa é consolidar os
juros nesse patamar e preparar o sistema financeiro para trabalhar com
novos produtos. O Ministério da Fazenda pretende, até o fim deste ano,
enviar ao Congresso Nacional medidas que vão abrir espaços para novos
instrumentos de investimentos no mercado de capitais com isenção de
Imposto de Renda.
Segundo estimativas de técnicos da área econômica, essa redução da taxa
Selic teria contribuído com pelo menos 5 centavos na taxa de câmbio. Os
cálculos indicam que o impacto da queda dos juros na desvalorização do
real estaria entre 5 e 10 centavos. O restante da depreciação ocorrida
de março para cá decorreu dos controles ao ingresso de moeda estrangeira
impostos pelo governo e pela decisão de que não se aceitará apreciação
excessiva do real frente ao dólar americano.
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