quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Corte da Selic desvalorizou real em ao menos 5 centavos, dizem fontes

São poucos, muito poucos, os que no governo avaliam que haveria espaço para mais um corte na taxa Selic, na próxima reunião do Copom, em outubro. O prognóstico dominante é o de que está encerrado o ciclo queda da Selic. Em um ano ela caiu 5 pontos percentuais, de 12,5% para 7,5% e, agora, mais importante do que forçar uma nova baixa é consolidar os juros nesse patamar e preparar o sistema financeiro para trabalhar com novos produtos. O Ministério da Fazenda pretende, até o fim deste ano, enviar ao Congresso Nacional medidas que vão abrir espaços para novos instrumentos de investimentos no mercado de capitais com isenção de Imposto de Renda.

Segundo estimativas de técnicos da área econômica, essa redução da taxa Selic teria contribuído com pelo menos 5 centavos na taxa de câmbio. Os cálculos indicam que o impacto da queda dos juros na desvalorização do real estaria entre 5 e 10 centavos. O restante da depreciação ocorrida de março para cá decorreu dos controles ao ingresso de moeda estrangeira impostos pelo governo e pela decisão de que não se aceitará apreciação excessiva do real frente ao dólar americano.

Mesmo a cotação atual, em torno de R$ 2,05, ainda  é uma taxa de câmbio valorizada para padrões históricos. Ela está num patamar muito parecido com o de 2008.  Não há, porém, intenção de provocar uma desvalorização mais acentuada para não comprometer a inflação.



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