Depois de esperar seis anos e gastar US$ 4,5 bilhões, a Shell deu seu primeiro passo para perfurar no Mar Chukchi, 70 milhas (cerca de 113 km) ao largo da costa do noroeste do Alasca, no que pode ser o início de uma nova onda de exploração em águas marítimas do Alasca. A Shell anunciou que começou a perfurar o "furo superior" ("top hole") de um poço exploratório neste domingo cedo, segundo informa o Los Angeles Times. A empresa perfurará até uma profundidade de aproximadamente 1.300 pés (cerca de 396 m), mas não poderá drenar nada dos depósitos de hidrocarbonetos até que uma barcaça de contenção de derramamento de óleo esteja no local. Isso significa que o poço só possa ser concluído no ano que vem.
Grupos de ambientalistas sempre se opuseram, de longa data, à perfuração no Ártico, insistindo em que as companhias de petróleo não demonstraram ter condições de limpar/eliminar um derramamento de óleo em águas cheias de gelo. Eles insistem em que um derramamento de grande porte seria catastrófico para a região e ameaçaria as vidas de muitos mamíferos marinhos, incluindo os ursos polares, observa a Associated Press.
O governo americano vem mantendo estreita observação e acompanhamento da operação, e agentes reguladores do Bureau of Safety and Environmental Enforcement [Birô de Imposição de Normas de Segurança e Ambientais, em tradução livre] estavam a bordo do navio-sonda quando ele começou a operar neste domingo, segundo informação da Dow Jones. Isso representa a primeira perfuração exploratória no Ártico desde o início dos anos 1990, e poderia significar uma nova fase de produção de petróleo no Alasca, que tem declinado devido ao envelhecimento dos campos produtivos.
Estima-se que existam 90 bilhões de barris de óleo tecnicamente recuperável, e 1.670 trilhões de pés cúbicos [cerca de 47,3 trilhões de m³] de gás natural tecnicamente recuperável nas águas do Ártico, de acordo com o Levantamento Geológico dos EUA (U.S. Geological Survey).
Nenhum comentário:
Postar um comentário