Robert Finn, o bispo de Kansas City (EUA), foi declarado culpado na quinta-feira (06/9) de encobrir os atos de pedofilia de um dos curas de sua diocese, o padre Shawn Ratingan, em cujo computador foram encontradas fotos de menores nuas. Finn se converte no primeiro prelado da Igreja Católica a ser condenado nos EUA por sua relação com um caso de abuso de menores.
Finn, de 59 anos, que estava sujeito a uma pena máxima de um ano de prisão fechada e uma multa de US$ 1.000,00 [só?!], foi sentenciado a dois anos de liberdade condicional. "Sou grato pelo fato de que a acusação e os tribunais tenham permitido que esse caso chegasse a seu fim. A proteção dos menores é o prioritário", disse o bispo minutos antes de conhecer o veredito [é muita hipocrisia!]. Finn terá ainda de criar um fundo de US$10 mil destinado a ajudar economicamente os menores vítimas de abusos sexuais, e a iniciar um programa destinado a assessorar os membros de sua comunidade na detecção de abusos a menores. Ninguém na diocese confirmou se Finn foi pressionado pelo Vaticano a abandonar o cargo após sua condenação, assegura o The New York Times.
Em dezembro de 2010, Ratigan, que dava aulas em uma escola primária da cidade, levou seu computador para consertar. Quando o técnico descobriu que o HD estava repleto de fotos de genitais de menores e de meninas nuas, informou imediatamente as autoridades da diocese sobre isso. O bispo Finn, a quem, segundo a promotoria, Ratigan havia confessado seus problemas com a pornografia infantil, tomou apenas a decisão de transferir o padre para um convento e ordenar-lhe verbalmente que se mantivesse afastado das crianças [reação típica e criminosa da Igreja!]. Em maio, Ratigan havia recebido uma carta do diretor do colégio alertando-o pelo fato de ter levado no colo uma das alunas numa viagem de ônibus, e de estimular as crianças a buscar doces em seus bolsos.
Ratigan, no entanto, continuou durante mais cinco meses a tirar fotos de meninas nuas, até que autoridades da diocese informaram o fato à polícia sem contar com a autorização de Finn. O padre se confessou culpado em agosto, e aguarda sua sentença. O bispo, por seu lado, foi considerado culpado apenas por ter acobertado a atitude delituosa do padre nesses cinco meses [esse "apenas" da frase é dose! Esse Finn é tão safado e criminoso quanto o padre que protegeu!]. Finn é o primeiro dignatário da Igreja Católica a ser condenado nos EUA por um dos muitos casos de abusos de menores que atormentam a comunidade católica desse país desde 1980 [!!], ainda que ao longo desse tempo vários bispos tenham feito acordos com a justiça para não serem processados.
A decisão contra Finn surge dois meses depois que um júri popular sentenciou, pela mesma ofensa, a uma pena de entre 3 a 6 anos o ex-secretário da arquidiocese de Filadélfia, William Lynn. O processo contra Lynn foi longo e público, e trouxe à luz detalhes duros e escabrosos sobre os menores implicados nesse caso. Estava previsto que o julgamento contra Finn também fosse feito em júri popular no final de setembro, mas nessa terça-feira, para evitar a publicidade provocada pelo processo contra Lynn, decidiu-se entregar o cargo a um juiz, que antecipou sua decisão para essa quarta-feira (05/9). O magistrado levou apenas duas horas para emitir seu veredito. A diocese ainda dirigida por Finn tem pendentes ainda outras 27 denúncias de abusos de menores, quatro delas relacionadas com o padre Ratigan [pelo visto, essa diocese é um antro de abusos sexuais de menores, sob a vista grossa desse bispo Finn! Como, então, pode ele receber pena tão branda?! Por que o Papa não é também chamado às barras dos tribunais?! Ao que me consta, apenas uma vez, em setembro de 2011, um grupo de vítimas de pedofilia por padres católicos denunciou o Papa a um tribunal internacional por esses crimes. Não consegui ainda localizar o andamento dessa ação.
Em abril de 2005, o atual papa Bento XVI foi acusado publicamente -- não penalmente -- de obstrução à justica em investigação sobre abusos sexuais, depois que se descobriu uma carta confidencial sua a cada bispo católico, em maio de 2001, ordenando que fossem conduzidas em segredo as investigações sobre abusos sexuais de crianças. Esse é o gesto do chamado representante do Pai Eterno na Terra em relação a crianças de seu rebanho abusadas sexualmente por membros formais da Igreja Católica. Uma dimensão aproximada do problema no seio dessa Igreja pode ser obtida pela leitura de "Casos de abuso sexual pela Igreja Católica Romana, por país", em inglês. Nesse texto, o Brasil aparece com casos de pedofilia em Anápolis (GO) e Penedo (que não está claro se é no RJ ou no Nordeste) -- certamente há outros casos no país, não registrados pelo autor do levantamento.]
Bispo Robert Finn, de Kansas City (EUA), o criminoso que acobertou casos de pedofilia em sua diocese - (Foto: AP).
Farsantes, amorais, sociopatas, santarrões de adobo orgânico. O melhor negócio do planeta é a religião pois tem a mais alta relação benefício/custo. Basta um falastrão contumás (Moon, Macedo, e congêneres)e a fortuna está garantida. Repito:
ResponderExcluir"Deus está dentro de você e nos seus arredores. Não está nos templos de pau e pedra. Quem entender essas palavras de Jesus vivo, não conhecerá a morte". Documento do Mar Morto, banido pelo Vaticano.