Os consumidores de energia elétrica não têm voz hoje no Brasil e acabam pagando caro por isso. A declaração foi feita nesta quarta-feira (5/9)
pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
Hermes Chipp, em um seminário sobre novas fontes renováveis e redes
inteligentes no planejamento energético nacional, promovido pela
Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), na zona norte da capital
fluminense. “O consumidor é mudo (...). Ele paga sem saber o que está pagando e sem
saber o que ele não precisaria pagar”, disse Hermes Chipp. [É sempre reconfortante e estimulante ver-se um dirigente de um órgão formal de um setor importante do país, como o elétrico, manifestar franca e abertamente sua opinião. Só espero e desejo que a declaração do Hermes não lhe renda algum azedume de Dª Dilma, que desde que foi ministra de Minas e Energia (de 2003 a 2005) se considera "dona" do setor. Tenho ouvido umas histórias estranhas sobre despacho de térmicas pelo ONS, mas não consegui ainda detalhes para fundamentar uma postagem sobre isso. A Aneel tem se revelado uma agência reguladora muito fracota, principalmente no que tange à defesa do consumidor -- reforçando o que disse Hermes. Ainda recentemente, seu diretor-geral Nelson Hübner, indicação pessoal de Dilma e um de seus preferidos, votou contra os consumidores na possibilidade de devolução de R$ 7 bilhões por erro em contas de energia.]
Para o diretor-geral, é preciso aumentar a participação dos conselhos
dos Consumidores de Energia Elétrica, pois a defesa do consumidor apenas
por parte da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do ONS não é
suficiente. “Os conselhos de Consumidores têm que se estruturar no país e começar a
participar efetivamente, pois são a voz do consumidor. O conselho
precisa entender melhor as questões, o que trazem de benefícios, para
fazer os pleitos à própria agência reguladora". Os conselhos são compostos por representantes de todas as classe de
consumo (rural, residencial e industrial, além do Poder Público) e têm o
objetivo de orientar, analisar e avaliar questões ligadas ao
fornecimento, às tarifas e à adequação dos serviços de energia elétrica
prestados ao
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