A decisão leva em conta as duas primeiras experiências realizadas pelas equipes do Escritório de Investigação e Análise para a Investigação Civil (BEA) e pelos investigadores da polícia. Operações realizadas nas manhãs de quinta e de sexta-feira permitiram resgatar corpos afivelados aos assentos. Também ficou claro que alguns objetos dispersos no solo, a 3,9 mil metros de profundidade, poderão ser trazidos à tona. "Estas operações foram realizadas com toda a dignidade, em condições difíceis", ressaltou a policia. Até aqui, as autoridades francesas tratam o assunto com o maior cuidado porque o resgate dos corpos gera controvérsia entre as famílias de vítimas, tanto na França, quanto no Brasil. Alguns parentes informaram as associações que não desejariam que a recuperação acontecesse, preferindo que os corpos jazessem no fundo do mar.
A decisão de realizar o resgate, entretanto, não cabe às famílias. Foi a Justiça da França, por meio da juíza de instrução Sylvie Zimmerman, do Ministério Público de Paris, que ordenou a operação. Os restos mortais são peças no processo judicial sobre a queda do Airbus A-330-200, no qual a Air France, companhia à qual o avião pertencia, e a Airbus, fabricante da aeronave, respondem por "homicídio culposo" - não intencional. Leia mais.Ver postagens anteriores sobre o assunto, aqui e aqui.
Memória do "Flight Data Recorder" do voo 447, localizada e resgatada no dia 1° de maio (Folha de S. Paulo/BEA).
"Cockpit Voice Recorder", segunda caixa-preta do voo 447, registrou a conversa dos pilotos do Airbus (Folha de S. Paulo/BEA).
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